Um pouco de humor, enquanto o jogo não vem
É esperança é a última que morre
Tudo começou com Eva, a precursora da desgraça que é a humanidade. Mito
das religiões, segundo o qual, dela teriam nascidos os primeiros seres humanos
da relação homem/mulher.
Para os gregos, segundo suas crenças, tudo começou Pandora. Ela teria
dado início à procriação da humanidade. Uma ou outra (e sabe-se lá, ao certo,
quem pariu tanta coisa ruim neste mundo), pagam por crimes que não cometeram.
Eva teria tentado Adão com a maçã. Ele, olhando aquele negócio por demais
excitante não resistiu e, pimba! (Pimba aqui no caso é pura força de
expressão)! Mordeu a fruta. Resultado: adeus, paraíso.
Pandora, a primeira mulher (para os gregos) a povoar a Terra, era linda
e cheia de graça. Tinha força e coragem. Sabia negociar, convencer e fazer tudo
com as mãos. Bordava, cozinhava, pintava, tocava harpa, piano e violino. (Ué!
Já havia piano e violino, em tão priscas eras?). E com a língua (pelo amor de
Deus não vá o meu leitor pensar só n’aquilo!) Ela era fofoqueira (já naquele
tempo?). Por isso, os deuses a chamaram Pandora — pessoa que tem todos os dons.
Antes de vir pra cá, teria ela ganho uma caixa. O presente foi-lhe entregue
fechado. Lacradinho da silva, cheio de coisas que ela só deveria saber quando
tivesse que ensinar as coisas aos seus descendentes. Só devia abrir o embrulho quando
recebesse ordens da Divindade.
Pandora vivia morrendo de curiosidade, para saber sobre o que havia na
caixa-de-segredo e revela-lo ao seu companheiro. Mesmo sem saber de nada, ela
insinuava sobre o conteúdo da caixa. (Aí tem origem a fofoca).
Epimeteu, o maridão de Pandora, cada dia ia ficando mais curioso. Certo
dia, não aguentou, abriu a caixa. De dentro do box saltaram os males da
humanidade. Ao tempo certo de abertura da caixa, à medida que os males fossem
saltando iam sendo mortos pela Divindade. Por causa da desobediência do homem,
os males continuaram vivos.
Desde então, doenças, violências, guerras, dores e outros males passaram
a viver no planeta, azucrinando os humanos. Quando Epimeteu viu a bobeira que
fez, ele fechou a caixa, deixando presa apenas a esperança. Por isso
é que se diz: a esperança é a última a morrer.
Moral da história
A culpa da desgraceira que reina no mundo é da curiosidade dos homens
açodada pela língua da mulher. Depois dizem que a mulher é que é a curiosa. Mas
que ela tem arma forte na língua, ah, isso é verdade!
(Adaptação: hercos)
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