Quadra chuvosa em 2013 no Ceará fica
37,7% abaixo da média
De acordo com a
Funceme, choveu somente 378,3 milímetros no Estado entre fevereiro e maio
O que foi previsto
pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), ainda em
janeiro, se confirmou. O período chuvoso no Ceará, compreendido entre os meses
de fevereiro e maio, ficou abaixo da média histórica em 2013. Neste ano, choveu
somente 378,3 milímetros no período. Em comparação com a média, que é de 607,5
milímetros, houve desvio de -37,7%. Os números foram divulgados hoje, 17/06, em
coletiva de imprensa, na sede da Funceme.
Segundo os números apresentados, a quadra chuvosa de 2013 foi menos seca que a
de 2012 (No ano passado, as chuvas ficaram -50,7 abaixo da média). Ainda assim,
a situação é preocupante, pois trata-se da 9ª pior seca desde 1950. A
divulgação dos dados foi realizada pelo presidente da Funceme, Eduardo Sávio
Martins e comentada pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário,
Nelson Martins, que explicou o andamento das ações do Comitê Integrado de
Combate à Seca.
O quadro de estiagem,
de acordo com Eduardo Sávio, ocorreu porque as condições termodinâmicas do
Oceano Atlântico tropical estiveram mais aquecidas ao norte e influenciaram o
posicionamento desfavorável da Zona de Convergência Intertropical, que é o
principal sistema indutor de chuvas no Ceará. “Em janeiro, os indicadores eram
bem fortes, nos mostrando que teríamos uma estação com precipitações
irregulares. Foi o que aconteceu. Na evolução dos meses, houve uma discreta
melhora, mas não suficiente. Assim, observamos que fevereiro e março ficaram
bem abaixo da média, abril se aproximou da média e maio foi bom, porém as
chuvas de maio já são menos intensas e a quadra chuvosa como um todo já estava
comprometida pelo início com poucas precipitações”, disse o presidente da
Funceme.
Pós-Estação
A estação chuvosa no Ceará se encerra oficialmente
em maio, no entanto, tem sido observada a ocorrência de chuvas no centro norte
do Ceará, principalmente, na faixa litorânea. Estes eventos, tem sido
provocadas por sistemas conhecidos como distúrbios ondulatórios ou ondas de
Leste, característicos do período da pós-estação chuvosa. Porém, convém
observar, que as médias climatológicas desse período, para o Estado do Ceará
são baixas: 37,5 mm, 15,4 mm e 4,9 mm, em junho, julho e agosto,
respectivamente.
Segundo semestre preocupa
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, disse que as chuvas registradas em abril e maio deram um pequeno alívio aos agricultores.
“Pelo menos deu pra fazer forragem. Até julho, estamos numa situação
confortável, pois temos essa forragem e o milho que está chegando. O início do
ano foi mais crítico e ainda nos preocupa o segundo semestre, pois sabemos que
as chuvas nesse período são muito poucas e a evaporação é elevada”, explicou.
Sobre as ações do Comitê Integrado de Combate à Seca, o secretário asseverou que todas as medidas necessárias para socorrer os municípios e as comunidades afetadas serão tomadas. “Já estamos realizando e vamos intensificar o trabalho com os carros-pipa, a perfuração de poços, a construção de cisternas e construção de sistemas de abastecimento. Essas ações emergenciais são solicitadas pelas prefeituras e atendidas pelo governo Estadual através dos órgãos competentes e também pelo Exército e Defesa Civil”, concluiu Nelson Martins.
Sobre as ações do Comitê Integrado de Combate à Seca, o secretário asseverou que todas as medidas necessárias para socorrer os municípios e as comunidades afetadas serão tomadas. “Já estamos realizando e vamos intensificar o trabalho com os carros-pipa, a perfuração de poços, a construção de cisternas e construção de sistemas de abastecimento. Essas ações emergenciais são solicitadas pelas prefeituras e atendidas pelo governo Estadual através dos órgãos competentes e também pelo Exército e Defesa Civil”, concluiu Nelson Martins.
Atualmente, o Ceará
tem 175 municípios em estado de emergência por consequência da estiagem. Nos
açudes, a situação é de alerta. Dos 143 reservatórios monitorados pela
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, 70 estão com volume abaixo dos 30%.
No Estado, o volume médio de água armazenada é de 43,9%.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Funceme
Guto Castro Neto - 17 de junho de 2013 - Ilustrações do blog
Guto Castro Neto - 17 de junho de 2013 - Ilustrações do blog
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