Emissões de CO2 no mundo batem novo recorde em 2012, aponta relatório da
AIE
Agência Internacional de Energia afirma que
emissões cresceram 1,4%.
EUA e Europa baixaram níveis; China foi país que mais emitiu gases-estufa.
EUA e Europa baixaram níveis; China foi país que mais emitiu gases-estufa.
Montagem da agência Reuters mostra a poluição do ar entre os dias 6 e 15 de março deste ano, durante o Congresso Nacional do Povo, em Pequim, sessão anual do Parlamento chinês. País foi o que mais contribuiu com as emissões globais de CO2 (Foto: Reuters)
As emissões de
CO2 (dióxido de carbono) em todo o mundo aumentaram 1,4% em 2012, nível
considerado recorde pela Agência Internacional de Energia (AIE), que divulgou
relatório nesta segunda-feira (10).
Segundo o
órgão, foi registrada a emissão total de 31,6 giga toneladas de gases-estufa no
ano passado.
No entanto,
apesar da alta, há diferenças regionais, com países reduzindo seus índices e
outros aumentando.
Os cientistas
disseram que o aumento da temperatura média global precisa ser limitado a menos
de 2 ºC neste século para evitar efeitos climáticos, como quebras de safra e
derretimento de geleiras, o que exigirá que as emissões sejam mantidas a cerca
de 44 bilhões de toneladas de CO2 até 2020.
Diferenças
regionais
A China foi quem mais emitiu gases-estufa e contribuiu para o crescimento global. De acordo com o relatório, foi expelido um adicional de 300 milhões de toneladas de gases em relação ao ano de 2011. No entanto, o aumento foi considerado baixo se comparado com períodos anteriores devido aos investimentos pesados que o país asiático fez, na última década, para adotar fontes renováveis e melhorar a eficiência energética.
A China foi quem mais emitiu gases-estufa e contribuiu para o crescimento global. De acordo com o relatório, foi expelido um adicional de 300 milhões de toneladas de gases em relação ao ano de 2011. No entanto, o aumento foi considerado baixo se comparado com períodos anteriores devido aos investimentos pesados que o país asiático fez, na última década, para adotar fontes renováveis e melhorar a eficiência energética.
Nos Estados
Unidos, a substituição de usinas de carvão por tecnologias que usam gás natural
na geração de energia ajudou a reduzir as emissões em 200 milhões de toneladas
nos últimos anos, trazendo-as de volta ao nível de meados de 1990.
Na Europa, a
desaceleração da economia em decorrência da crise e o crescimento do uso de
fontes renováveis - além de políticas que restringem as emissões provenientes
da indústria - fizeram o continente reduzir em 50 milhões de toneladas de CO2.
Emissões do
Japão, entretanto, aumentaram em 70 milhões de toneladas, ou 5,8%, enquanto os
esforços para melhorar a eficiência energética não conseguiram compensar o
aumento da utilização de combustíveis fósseis, após o acidente nuclear de
Fukushima em 2011, disse a AIE.
Planeta em
risco
Segundo Maria
Van de Hoeven, diretora da AIE, com o ritmo atual de emissões a temperatura do
planeta deve crescer entre 3,6 ºC e 5,3 ºC nas próximas décadas. Ainda segundo
ela, dois terços dessas emissões são provenientes do setor energético.
Segundo Fatih
Birol, economista-chefe da agência, o setor deve se adaptar urgentemente às
mudanças climáticas, pois pode ser duramente afetado por elas. Ele cita
inundações e ciclones como catástrofes naturais que podem impactar a
infraestrutura petrolífera, por exemplo.
A AIE é uma organização
autônoma sediada em Paris, que tem como objetivo pesquisar fontes de energia
confiáveis, baratas e limpas, para seus 28 países membros – o Brasil não faz
parte do grupo.
A boa notícia é que o Brasil reduziu a emissão de
gases-estufa em 38,7%. E ainda, a Amazônia Legal Brasileira tem o menor índice
de desmatamento já medido, aponta o inventário.
Do G1, em São Paulo/Reuters - 10/06/2013
12h03 - Atualizado em 10/06/2013 12h37
Nenhum comentário:
Postar um comentário