Mercado reduz previsão de
alta do PIB neste ano e em 2014
Estimativa para o crescimento de 2013 caiu de 2,24% para 2,21%.
Economistas também baixaram expectativa para inflação em 2013 e 2014.
Os economistas
do mercado financeiro baixaram, na semana passada, sua estimativa para o
crescimento econômico deste ano e de 2014, e também para o aumento da
inflação nos dois anos, segundo consta no relatório Focus, divulgado nesta
segunda-feira (12) pelo Banco Central. O documento é fruto de pesquisa com mais
de 100 instituições financeiras.
Para o
comportamento do PIB, o mercado financeiro baixou sua expectativa de alta, em
2013, de 2,24% para 2,21%. Para o ano que vem, a estimativa de expansão
econômica recuou de 2,6% para 2,5%.
No primeiro
trimestre deste ano, segundo o IBGE, o PIB avançou somente 0,6% na comparação
com os três últimos meses do ano passado – valor que ficou abaixo da previsão
dos economistas. O Ministério da Fazenda baixou, recentemente, a previsão
oficial de alta do PIB deste ano, que consta no orçamento federal, de 3,5% para
3%. No mês retrasado, o BC baixou de 3,1% para 2,7% sua estimativa de expansão
do PIB em 2013.
Para o IPCA, que serve de referência para o sistema
de metas de inflação, a estimativa do mercado financeiro recuou de 5,75% para
5,74%
Inflação e
juros
Para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o
sistema de metas de inflação, a estimativa do mercado financeiro recuou de
5,75% para 5,74% neste ano. Para 2014, a previsão dos economistas dos
bancos caiu de 5,87% para 5,85%.
O presidente do
BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação teria queda neste ano frente ao
patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora acredite na
desaceleração da inflação neste ano, o mercado continua prevendo, entretanto,
crescimento da inflação em 2014 – último do mandato da presidente Dilma
Rousseff.
Pelo sistema de
metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas
pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de
inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem
que a meta seja formalmente descumprida.
Após o aumento
nos juros para 8,5% ao ano há algumas semanas, o mercado segue acreditando que,
em agosto, haverá uma nova alta de 0,5 ponto percentual, para 9% ao ano. Para o
fim deste ano, a estimativa permaneceu estável em 9,25% ao ano. Para o final de
2014, porém, a previsão permaneceu também em 9,25% ao ano – o que pressupõe
estabilidade dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança
comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do
relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim
de 2013 subiu de R$ 2,25 para R$ 2,28 por dólar. Para o fechamento de 2014, a
estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu inalterada em R$
2,30.
A projeção dos
economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial
(exportações menos importações) em 2013 recuou de US$ 5,09 bilhões para R$ 5
bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit
comercial ficou estável em US$ 8 bilhões na última semana.
Para 2013, a
projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60
bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos
estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.
Do G1, em
Brasília - Alexandro Martello - 12/08/2013 08h33 - Atualizado em 12/08/2013 08h55
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