Protesto marca início
de eleição de novo presidente da Fifa
Duas manifestantes palestinas
interromperam hoje (29) por alguns instantes o 65º Congresso da Federação
Internacional de Futebol (Fifa), que deverá escolher nesta sexta-feira um novo
presidente e votar a possibilidade de expulsar Israel da organização. A escolha
de um novo mandatário ocorre em meio a denúncias de corrupção e prisões de sete
de seus dirigentes a pedido da Justiça dos Estados Unidos.
Duas mulheres interromperam o
discurso de abertura do presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostrando cartões
vermelhos aos representantes do organismo, enquanto gritavam “Israel fora!”,
antes de serem retiradas por seguranças. Cerca de 150 manifestantes
pró-Palestina já tinham protestaram no exterior do Hallenstadion, local do
congresso, antes do início dos trabalhos.
A Palestina, membro da Fifa desde
1998, pede a expulsão de Israel, devido as restrições impostas à liberdade dos
jogadores palestinos. Além disso, opõe-se à participação no campeonato
israelense de cinco clubes localizados em colonatos na Cisjordânia.
Para que Israel seja expulso da
Fifa é necessária uma votação de uma maioria de dois terços.
O suíço Joseph Blatter disputa o
quinto mandato consecutivo, com o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein.
Cada uma das 209
federações-membro da Fifa tem direito a um voto, que é secreto. O presidente da
entidade terá mandato de quatro anos, com direito a reeleição ilimitada. A
eleição ocorre sob críticas de dirigentes de federações internacionais de
futebol.
O presidente da União das
Federações Europeias de Futebol (Uefa), Michel Platini, pediu hoje a demissão
de Blatter. Ele disse que “a maioria das associações” vinculadas à Uefa vai
votar no candidato adversário, Ali bin Al Hussein. Já a Confederação Asiática
de Futebol reiterou seu apoio ao atual presidente da Fifa.
Na quarta-feira (27), uma
operação da Polícia Federal norte-americana (FBI), em conjunto com autoridades
suíças, prendeu sete dirigentes do futebol que estavam em Zurique. Entre eles o
ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
Autoridades norte-americanas
investigam a participação de dirigentes da Fifa e empresários em fraudes na
escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e
Catar, em 2022). No Brasil, as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e
de transmissão da Copa do Brasil assinados pela CBF. Ontem (28), Blatter
afirmou que as denúncias trouxeram “vergonha e humilhação” para o esporte
mundial.
De Brasília, da Agência
Brasil, Talita Cavalcante, Com informações da Agência Lusa, 29/05/2015, às
07h12
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