Turbulência é
passageira e país retomará crescimento, afirma Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, afirmou, hoje (28), que o ajuste fiscal é compatível com o crescimento da
economia e que as metas devem ser superadas nos próximos dois anos. O ministro
disse que o Brasil passa por momentos de transformação, em que é preciso
encontrar caminhos para evitar a crise. “A turbulência é passageira e acredito
que a economia vai retomar o caminho de crescimento. É um processo que tem
momentos mais difíceis, mas que chegará a um termo.”
Levy ressaltou a importância de
se entender a centralidade e a manutenção do ajuste fiscal e também de
reconhecer que certas incertezas têm pesado na economia. O processo de ajuste
está avançando dentro do padrão normal, de acordo com o ministro. Empresas têm
se adaptado, algumas já têm condições de voltar a crescer.
Vamos fazer todos os esforços,
alinhando entendimento com o Congresso para garantir uma previsibilidade fiscal
que dê tranquilidade também em relação à dinâmica da dívida. "Temos uma
dívida relativamente grande e temos que estar atentos a sua trajetória. Para
isso, temos que tomar decisões no campo fiscal, no campo do gasto, darmos
sinalizações que sejam favoráveis à tranquilidade dos mercados", disse.
O ministro reconhece o momento de
incertezas da economia e ressalta que é importante ser realista e transparente
quanto ao compromisso com o ajuste fiscal. “É preciso priorizar despesas e
discutir o quanto que essas despesas nos levam a resultados. Temos que avaliar
a eficácia, eficiência do gasto para podermos ver a trajetória fiscal. Uma
trajetória que dê segurança aos agentes econômicos.”
Levy afirmou ainda que o Brasil
enfrenta um momento de oportunidades de tomar decisões, para consolidar o
progresso feito nos últimos dez anos. As declarações foram feitas hoje na
cerimônia de comemoração do aniversário de 40 anos da Escola de Administração
Fazendária (Esaf). A entidade faz parte da estrutura do Ministério da Fazenda e
seleciona, em todo o país, servidores capacitados para trabalhar na gestão das
finanças públicas.
De Brasília, Marieta
Cazarré - Repórter da Agência Brasil, 28/07/2015, às 13h16
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