Moro dá 5 dias para
deputado do PMDB definir quando depõe por mulher de Cunha
O juiz federal Sérgio Moro deu
cinco dias para o deputado paraibano Hugo Motta (PMDB) responder em qual dia,
afinal, pode depor como testemunha de defesa de Cláudia Cruz, mulher do
ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A mulher de
Cunha é ré por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Operação Lava Jato.
Hugo Motta presidiu a CPI da
Petrobras e fez parte da tropa de choque de Eduardo Cunha na Câmara. O deputado
não compareceu à votação na Câmara que cassou o mandato do colega peemedebista.
A Justiça Federal no Paraná havia colocado quatro datas (26 de setembro, 28 de
setembro, 5 de outubro ou 6 de outubro) disponíveis para as testemunhas de
Cláudia.
Na sexta-feira, 16, Hugo Motta
solicitou o agendamento de seu depoimento para entre os dias 10 e 20 de
novembro. O parlamentar alegou que estava “impossibilitado de marcar em uma das
datas propostas, pois devido ao período eleitoral tem uma agenda extensa de
compromissos no Estado da Paraíba”.
Segundo Moro, as datas indicadas
por Hugo Motta “estão muito distantes e representariam atraso injustificável do
processo, máxime quando há acusado preso”. “Então renove-se o ofício ao
parlamentar solicitando a indicação de uma das datas já disponibilizadas, como
já fizerem seus pares. Oficie-se à Exma. Autoridade, no sentido exposto,
expediente a ser subscrito por este Juiz, solicitando resposta, se possível, no
prazo de 5 dias”, determinou Moro.
Na semana passada, o juiz da Lava
Jato autorizou, além do depoimento de Motta, os depoimentos de outras três
testemunhas arroladas pela mulher de Eduardo Cunha – o ministro dos Transportes
do governo Temer, Maurício Quintella (PR-AL) e os deputado Carlos Marun
(PMDB-MS) e Jovair Arantes (PTB-GO).
Fonte: Estadão Conteúdo,
copyright by CearáAgora, 23 de setembro de 2016
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