Prévia da
inflação de fevereiro sobe 0,54%, mas é a menor desde 2012, diz IBGE
Apesar da alta, esta é a menor taxa para os meses de fevereiro desde os
0,53% registrado no
mesmo mês de 2012 (Imagem: Agência Brasil)
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor 15 (IPCA-15) fechou o mês de fevereiro em 0,54%, registrando uma
alta de 0,23 ponto percentual em relação aos 0,31% da taxa de janeiro deste
ano. Apesar da alta, esta é a menor taxa para os meses de fevereiro desde os
0,53% registrado no mesmo mês de 2012.
Os dados relativos ao IPCA-15 foram divulgados hoje
(22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a alta,
o IPCA-15, uma prévia da inflação oficial do país, fechou os dois primeiros
meses do ano com taxa acumulada de 0,85%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice fechou
com alta de 5,02%, ficando abaixo dos 5,94% registrados nos 12 meses
anteriores. Em fevereiro do ano passado, a taxa foi 1,42%.
Aumento
Em fevereiro, o aumento dos preços refletiu no
grupo educação, que chegou a subir 5,17% em relação a janeiro, causando um
impacto de 0,24 ponto percentual na alta de 0,54% no IPCA-15, relativo a
fevereiro.
A alta do grupo reflete “os reajustes habitualmente
praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades
dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,94%”, esclarece o IBGE,
ressaltando que esta alta gerou o maior impacto individual sobre o índice do mês
(0,21 ponto percentual).
Além do grupo educação (5,17%), o IPCA-15 também
foi pressionado pelas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram
3,24% e 3,84%, respectivamente. Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo
transportes ficou com variação de 0,66%, apesar da queda de 12,45% nas
passagens aéreas.
O grupo dos alimentos, que fechou fevereiro com
deflação (inflação negativa) de 0,07%), exerceram pressão contrária,
contribuindo para conter o índice do mês, após terem aumentado 0,28% em
janeiro. Os preços do óleo de soja (4,42%), das hortaliças (4%) e de outros
produtos ficaram mais caros de um mês para o outro. Alguns se destacaram pelas
quedas expressivas, como o feijão carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%)
e o tomate (-6,62%).
A menor variação de janeiro para fevereiro veio dos
artigos do grupo vestuário, com deflação de 0,31%.
Regiões
Entre as 11 regiões do país envolvidas na pesquisa
relativa ao IPCA, sete apresentaram taxas superiores à média nacional de 0,54%.
A maior alta foi registrada no Rio de Janeiro onde o IPCA-15 saltou de 0,3%
para 0,93%, entre janeiro e fevereiro. Também tiveram resultados acima da taxa
média de 0,54%, Salvador, a segunda maior alta, com variação de 0,85%; Belo
Horizonte (0,74%); Recife (0,73%); Fortaleza (0,69%); Belém (0,66%); e Porto
Alegre (0,55%).
Entre as quatro regiões com índices de inflação
abaixo da média nacional, o destaque foi o município de Goiânia, onde a taxa
fechou fevereiro com variação de apenas 0,07%. Em São Paulo a taxa subiu 0,32%;
e em Curitiba (0,25%).
Metodologia
Considerada uma prévia da inflação oficial do país,
o IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA (o indicador oficial) e envolve as
famílias da mesma faixa de renda (1 a 40 salários), mas tem período de coleta
diferente (vai da metade de um mês a metade do mês de referência) e menor
número de regiões envolvidas.
Do Rio de Janeiro,Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência
Brasil, em 22/02/2017, às 10h57
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