sexta-feira, 28 de abril de 2017

Dilma diz em Nota:

Hoje meu coração se enche de esperança
"Estamos do lado certo. Meu coração se enche de esperança. Vamos em frente. A luta por dias melhores para todos os brasileiros está apenas começando. A ampliação da democracia nos levará à vitória", disse a presidente legítima Dilma Rousseff, deposta pelo golpe de 2016, em nota divulgada nesta sexta-feira 28, em que uma greve geral parou o País.

Leia, abaixo, a íntegra:

28 DE ABRIL DE 2017, UM DIA DE LUTA
Os trabalhadores brasileiros estão de parabéns. Também os militantes políticos, os ativistas sociais, sindicatos e movimentos sociais. Assim como os estudantes e a juventude.
Hoje é um dia histórico.
Nesses dias difíceis, a luta pela democracia e a defesa das conquistas sociais são dever de todos nós. O povo brasileiro foi às ruas para dizer que não aceita a perda de seus direitos.
Foi às ruas contra um governo golpista que promove o mais brutal ataque aos direitos dos trabalhadores. E que compromete o futuro dos nossos filhos e netos, com um retrocesso na previdência que é perverso e sombrio.
Por isso, o Brasil parou. A greve geral aconteceu, apesar de setores da imprensa e dos golpistas que tentaram ocultar e reprimiram a ação corajosa dos que lutam contra o retrocesso na previdência e destruição dos direitos trabalhistas.
Essa greve é símbolo de coragem. É um momento de esperança e resistência. Trinta e cinco milhões de brasileiros cruzaram os braços para fortalecer a democracia no Brasil.
Essa greve é uma homenagem a todos que trabalham dias e dias, ao longo dos anos, dedicados brasileiros e brasileiras, incansáveis cidadãos que com seu esforço constróem o nosso país.
Estamos do lado certo. Meu coração se enche de esperança. Vamos em frente. A luta por dias melhores para todos os brasileiros está apenas começando. A ampliação da democracia nos levará à vitória.
O povo brasileiro mostra sua coragem: não vai desistir nunca. Vai lutar pelas suas conquistas e por mais avanços.
#BrasilEmGreve
----------------------------------
DILMA ROUSSEFF
Faça seus jogos aqui!

Eletricistas



A Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Econômico (STDE), realizou, nesta quarta-feira (26/04), no Centro de Convenções, a entrega dos certificados aos 27 alunos concludentes do curso básico de eletricista. A solenidade contou com a participação do secretário da STDE Inácio Ribeiro e do diretor geral do IFCE de Sobral, Eliano Pessoa.
O curso, ofertado gratuitamente, aconteceu entre os dias 6 e 17 de março, com aulas teóricas e práticas, com um total de 40 horas/aula. A formação é uma realização da Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Econômico (STDE)e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Da AsseCom da PMS, Manoel Cruz, por e-mail para o blog, em 28/04/2017
#OcupaSobral!

Opinião - Ponto de Vista

Igor Felippe Santos
 Por Igor Felipe Santos (*)
As “informações de bastidores” divulgadas na grande mídia sobre as avaliações do Palácio do Planalto em relação à Greve Geral dão o tom de como o governo vai tratar a maior paralisação das últimas décadas no país.
O que os chamados “jornalistas influentes”, que na verdade são porta-vozes oficiais, dizem é que o governo avaliava que a mobilização seria muito maior e que não existiu uma Greve Geral.
A cobertura da mídia tenta transformar a paralisação das atividades nas grandes cidades em atos isolados de uma minoria, de caráter político, de constrangimento e imposição do medo à maioria da população.
A cobertura abusa de imagens de helicópteros de pequenos grupos em piquetes e trancamentos de ruas, avenidas e rodovias.
:
Assim, as TVs tentam convencer seus públicos que a mobilização não passa de ações isoladas, escondendo que o sistema de transporte público (ônibus, metrô, trens), bancos, escolas, fábricas, centros comerciais, serviços públicos (como os Correios) não funcionaram e que os trabalhadores ficaram em casa.
Ao focar nas ações auxiliares da paralisação (os piquetes, trancamentos de vias e atos de rua), secundarizam a força, extensão e caráter de massa da Greve Geral, que transformou uma sexta-feira qualquer de trabalho em feriado em todo o Brasil.
A mídia, especialmente as TVs, atua como instrumento auxiliar do governo e cria uma válvula de escape para Temer, que fará pronunciamento para diminuir a amplitude da greve e dizer que a manifestação não envolveu a maioria da sociedade.
A ação sofisticada da mídia mais a contumaz cara de pau dos golpistas serão utilizadas para que não admitam que a Greve Geral teve um impacto de massa, que todos os brasileiros sentiram os seus efeitos e que a maioria apoia as manifestações contra as reformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer.
O problema é que a experiência vivida por milhões de brasileiros neste 28 de abril vale mais que manchetes e minutos no Jornal Nacional, que não terão êxito nessa cruzada para esconder que a Greve Geral foi um sucesso e que as pessoas comuns se colocam em movimento contra a retirada de direitos.
(*) Igor Felipe Santos é jornalista e atua em movimentos sociais. Opinião divulgada em 28/04/2017, em Brasil 247, às 14h30

Comemorando a greve

Lula comemora sucesso da greve geral e diz que povo deve continuar lutando
 
Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a greve geral desta sexta-feira (28) contra as reformas pretendidas pelo governo Temer é um "sucesso total". Ele ressaltou que as ruas de São Paulo e de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde reside, estão vazias, um sinal de que "as pessoas resolveram paralisar em protesto contra a retirada de direitos, contra a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, desemprego e redução salarial."
Em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta manhã, Lula afirmou que o sucesso da greve também significa que está sendo ampliada a conscientização do povo brasileiro em relação aos impactos das reformas pretendidas. Lula afirmou que a paralisação é uma demonstração de força do movimento sindical, em especial da CUT. "O movimento sindical e o povo brasileiro estão fazendo história", ressaltou.
Lula destacou que é notória nas ruas a adesão da população, pelo vazio no trânsito. "Nem de domingo as cidades têm trânsito tão leve quanto eu vi hoje. O povo ficou em casa. As pessoas não precisam ir pra rua em dia de greve. Isso é uma clara demonstração que as pessoas resolveram paralisar em protesto contra a retirada de direitos que o governo vem fazendo. É uma satisfação saber que o povo brasileiro está tomando consciência", afirmou.
O ex-presidente destacou ainda as promessas de que a situação econômica do país melhoraria após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, e rebateu. "Que vai melhorar é uma mentira. Destruir com direitos não melhora a vida de ninguém."
Lula lembrou que, entre o período de 2004 a 2014, com crescimento do emprego, as contas da Previdência estavam no azul, negando portanto o déficit estrutural apontado pelo atual governo, e sugeriu a saída: "Se quiserem resolver o problema da Previdência, é preciso que a economia volte a crescer. É simples. Mas esse governo só sabe cortar", provocou.
O ex-presidente reafirmou, ainda, que as tentativas de desmonte do sistema de Seguridade Social – por causa da reforma da Previdência –, e da Justiça do Trabalho – por conta da reforma trabalhista – são um desastre para o país. "Lamento profundamente, mas não tem outro jeito senão continuar lutando para recuperar e melhorar direitos e a qualidade de vida do povo brasileiro", disse Lula.
Da Rede Brasil Atual – Via Brasil 247, em 28/04/2017, às 15h20

Em sua página do Facebook

Dilma: greve mostra que povo é valente e capaz de resistir ao golpe
A presidente deposta pelo golpe parlamentar de 2016, Dilma Rousseff, defendeu nas redes sociais a greve geral desta sexta-feira 28 contra as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer, e que retira direitos históricos dos trabalhadores.
"A #GreveGeral mostra que o povo brasileiro é valente e é capaz de resistir a mais um golpe", postou Dilma em sua página no Facebook. "A mobilização em defesa de direitos trabalhistas e previdenciários une os trabalhadores do Brasil e mostra a força da sua resistência", acrescentou.
Em entrevista mais cedo, o ex-presidente Lula também defendeu a mobilização histórica dos trabalhadores que acontece em todo o País, definindo-a como um "sucesso total". "Lamento profundamente, mas não tem outro jeito senão continuar lutando para recuperar e melhorar direitos e a qualidade de vida do povo brasileiro", destacou.
De Brasília, Brasil 247, em 28/04/2017, às 14h51 

Greve, Paralisação & Protestos

Capitais registram greve de categorias e protestos nesta sexta-feira

  
Em várias cidades do país, trabalhadores de diversas categorias participam hoje (28) da greve geral convocada pelas centrais sindicais, em protesto contra as reformas trabalhistas e da Previdência. Na maioria das cidades, o transporte público - metrô e ônibus - não funcionou e as escolas e agências bancárias estão fechadas. Os manifestantes protestam com bloqueios de vias e rodovias. 

São Paulo
Ônibus, trens e a maioria das linhas de metrô estão paradas. Apenas um pequeno trecho da malha metroviária paulistana, a Linha 4 Amarela, que liga a Luz, na área central, até o Butantã, na zona oeste, funcionou durante a manhã. Os serviços do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltaram a funcionar parcialmente na capital paulista no início da tarde,
O comércio está funcionando na cidade. E algumas das principais vias da cidade estão bloqueadas por atos de protestos.
As linhas de ônibus urbanos também estão paralisadas e apenas pequenos ônibus coletivos fazem percursos curtos dentro dos bairros periféricos. Na zona sul da capital paulista, diversos passageiros se reuniram no terminal do Grajaú, que não tem ônibus. O mesmo ocorreu na estação Corinthians Itaquera onde os trens do metrô não circularam. 
Grupos de manifestantes bloquearam vias da capital paulista, formando barricadas com pneus, que foram queimados. Policiais da tropa de choque da Polícia Militar e bombeiros apagaram focos de incêndio. Alguns pontos da cidade que ficaram bloqueados foram a Avenida 23 de Maio, uma das principais ligações entre o centro e a zona sul, a Avenida Tiradentes, que une a área central à zona norte, e também a Marginal do Tietê na altura do Terminal Rodoviário, além da Avenida Ipiranga, no centro.
Houve bloqueio também no Km 15 da Rodovia Anhanguera e o trânsito foi interrompido. Houve confronto entre policiais e manifestantes. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a manifestação.  Os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos funcionaram normalmente e não houve interrupção dos voos.
Pelo menos 16 pessoas foram presas até as 10h na capital paulista, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) por vários motivos - desde agressão a policiais a atos de vandalismo nas manifestações.

Rio de Janeiro
Manifestantes bloqueiam várias vias da cidade. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, há bloqueios na Avenida Radial Oeste, Linha Vermelha, Avenida Dom João VI, Avenida Abelardo Bueno, Via Expressa do Porto e Túnel Marcello Alencar. A cidade do Rio de Janeiro entrou em estágio de atenção às 6h50 por causa dos bloqueios no tráfego.

 Rio de Janeiro - Terminal rodoviário Américo Fontenelle, na Central do Brasil, funciona parcialmente devido protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social ( Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Terminal rodoviário Américo Fontenelle, na Central do Brasil, funciona 
parcialmente (Foto: Tânia Rêgo)
Manifestantes saíram do Largo do Machado em direção ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, sede do governo estadual, para participar de um ato liderado pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio (Muspe). Eles protestam contra a crise financeira no estado, que tem reflexos na prestação dos serviços essenciais à população e atraso no pagamento do salário dos servidores públicos.
Trens e metrô operam normalmente. Os ônibus urbanos funcionam parcialmente, mas segundo a concessionária Rio Ônibus, o sindicato das empresas de ônibus, a maior parte da frota está nas ruas. Os serviços de BRT de ônibus expressos, como a Transcarioca, a Transoeste e a Transolímpica, também estão funcionando. A concessionária informou que a operação ficou irregular em alguns momentos devido às manifestações.
Sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a circulação na Linha 1, que faz ligação entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont, está parcialmente interrompida e os bondes circulam apenas entre a rodoviária e a parada dos museus, na Praça Mauá, zona portuária da cidade.  A Linha 2, que faz o trajeto Saara – Praça Quinze, não está operando.
As barcas que fazem a travessia da Baía de Guanabara funcionam parcialmente, devido à um protesto na estação Praça Araribóia, em Niterói. Com isso, o serviço de barcas tradicional, que faz a ligação entre Rio e Niterói, não está operando. Já o serviço expresso feito com os catamarãs, que circulam mais rápido na travessia da Baía de Guanabara, com um preço mais alto, estão funcionando.
A situação na Ponte Rio-Niterói já está normalizada. Mais cedo, manifestantes bloquearam a pista no sentido Rio, pouco depois das 6h. A via ficou totalmente interditada por cerca de uma hora e meia e o tráfego foi normalizado por volta das 8h. No momento, o trânsito é intenso na via. A travessia no sentido Rio é feita em 40 minutos, três vezes mais que o normal, devido a bloqueios em vias da zona portuária da capital.
Na Rodoviária Novo Rio, houve enfrentamento entre a tropa de choque da Polícia Militar e manifestantes, que bloquearam a via expressa do Porto do Rio. Para dispersar os manifestantes, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral. Os manifestantes reagiram, atirando pedras e quebraram o vidro traseiro de uma patrulha da PM. Em seguida, a manifestação fechou o acesso junto ao antigo Gasômetro, evitando a passagem dos motoristas em direção à Avenida Francisco Bicalho. O bloqueio foi rápido e a tropa de choque da Polícia Militar dispersou os manifestantes.
As agências bancárias no centro da cidade do Rio de Janeiro estão com as portas fechadas nesta sexta-feira (28). Na Avenida Rio Branco, que tem a maior concentração de agências bancárias na cidade, todas as 27 agências visitadas pela reportagem estavam fechadas.
Cerca de um terço dessas agências estava aberto apenas para uso dos caixas eletrônicos. A maioria estava fechada com grades ou com tapumes e, muitas delas, com grevistas parados em frente às agências.
Segundo o Sindicato dos Bancários, no centro da cidade a adesão à greve é total. 

Brasília
Na capital federal, as vias de acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek chegaram a ficar bloqueadas por manifestantes, mas já estão liberadas e o tráfego flui sem problemas. As pistas foram bloqueadas nos dois sentidos por volta das 5h30. Os manifestantes fizeram barreiras, com pneus em chamas. A Polícia Militar chegou a interditar os acessos às pistas até que os bloqueios fossem retirados.
Brasília - A Rodoviária do Plano Piloto amanhece sem ônibus devido ao ato de protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social promovido pelas centrais sindicais e redes sociais (Marcello Casal Jr/Agê
A Rodoviária do Plano Piloto está sem ônibus devido ao ato de protesto contra as reformas
trabalhistas e da Previdência (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
A Inframérica, empresa concessionária que administra o terminal, informou, por meio de comunicado publicado na internet, que, apesar da paralisação, o terminal está operando, mas que podem ocorrer atrasos nos voos. A empresa aconselha aos passageiros consultarem a situação de seus voos com as companhias aéreas antes de se deslocar para o aeroporto. A Inframérica informa ainda que dos 26 voos previstos para o período da 0h às 6h, quatro voos sofreram atrasos acima de 30 minutos e dois foram cancelados.
Os ônibus e o metrô continuam parados. Os rodoviários e metroviários aderiram à greve e vão paralisar por 24 horas. Passageiros estão usando o transporte alternativo, como vans, táxis e veículos particulares para ir ao trabalho.

No Congresso Nacional, a segurança foi reforçada. As visitas guiadas à dependências da Câmara e do Senado estão suspensas há uma semana e continuam proibidas por tempo indeterminado. Desde à meia-noite, o acesso de carro à Esplanada dos Ministérios está fechado. Sé é possível chegar à região a pé ou por vias auxiliares.
Além do gramado em frente ao Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério das Relações Exteriores foram cercados por grades. Muitos ministérios estão com parte das fachadas coberta por tapumes. A Secretaria de Cultura do Distrito Federal informou que a Biblioteca Nacional, o Museu da República, o Centro Cultural Três Poderes e o Memorial dos Povos Indígenas, que ficam na Esplanada, também não abrirão hoje por causa dos protestos.
O governo do Distrito Federal não informou quantos policiais militares atuarão no reforço da segurança, mas muitos do serviço administrativo podem ser acionados para atuar nas principais vias do DF, juntamente com o Batalhão de Choque, a Cavalaria e a Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas). A expectativa é de que ainda hoje, pelo menos 10 mil passem pelo local. Para evitar tumulto, dois cordões de revista pessoal serão montados pela PM nos acessos à Esplanada pela rodoviária do Plano Piloto e pelos anexos dos ministérios. Não será permitido chegar ao local com cabos de bandeiras, sprays, objetos perfurantes ou cortantes, flechas e garrafas de vidro.
O esquema montado para hoje prevê ainda equipes do Batalhão de Trânsito e do Corpo de Bombeiros na área central da capital federal para atender a emergências.
As vias de acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek já estão liberadas e o tráfego flui sem problemas. As pistas foram bloqueadas nos dois sentidos por volta das 5h30. Os manifestantes fizeram barreiras, com pneus em chamas. A Polícia Militar chegou a interditar os acessos às pistas até que os bloqueios fossem retirados.

Paraná
Manifestantes bloquearam rodovias federais no estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 277, em São José dos Pinhais, um grupo de pessoas fez um bloqueio, no km 69, nas imediações da fábrica da Renault, prejudicando o tráfego de veículos.
 Manifestantes bloqueiam a BR-277, na altura do quilômetro 69, em São José dos Pinhais, no Paraná
Manifestantes bloqueiam a BR-277, na altura do quilômetro 69, em São José dos Pinhais, no Paraná
(Foto: Eric Zardo/Divulgação PRF)
Em Araucária, a BR 476 foi bloqueada por volta das 8h30 na altura do km 150, em frente à refinaria da Petrobras, causando um engarrafamento de dois quilômetros. Em Mauá da Serra, na BR-376, o bloqueio ocorre no km 295, em frente ao Posto Bambu. Outra interdição ocorre no km 406 da BR-158, em Laranjeiras do Sul. Segundo a PRF, cerca de 200 manifestantes sem-terra estão no local.
O transporte público foi interrompido nas maiores cidades do Paraná. Em Curitiba, exames e consultas no Hospital de Clínicas foram cancelados.
Manifestantes marcharam para em direção ao centro cívico, onde fica a sede dos três Poderes. De acordo com a PM, 5 mil pessoas participam do ato. A Força Sindical no estado estima em 20 mil participantes.

Santa Catarina
A BR-116 está com o tráfego interrompido no Km 184, na junção com a BR-470, no município de São Cristóvão do Sul.
De acordo com a concessionária que administra a rodovia, cerca de 500 pessoas, que chegaram em 12 ônibus, bloqueiam a pista.
A previsão dos manifestantes é desobstruir a rodovia por volta das 15h. As equipes da concessionária e a Polícia Rodoviária Federal estão no local orientando o fluxo de veículos.

Porto Velho
Porto Velho está sem ônibus e com escolas e bancos fechados por causa da greve geral. Os manifestantes vão se concentrar na Praça das Três Caixas D'água.

Recife
Na capital pernambucana e na região metropolitana, os ônibus não estão circulando desde o início da manhã.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 30% da frote circule. Os sindicatos dos rodoviários podem ser multados em R$ 100 mil caso a decisão não seja cumprida.  
Foram registrados protestos nas BR 232 e 101, que fecharam parte das rodovias. Escolas, agências bancárias, comércio e mercados públicos não abriram.
O aeroporto e as delegacias de plantão da Polícia Civil estão funcionando.

Salvador
Manifestantes bloquearam as vias de acesso à capital, que começaram a ser liberadas a partir do meio-dia. Os rodoviários aderiram à greve e os ônibus não circularam. Bancos e comércio ficaram de portas fechadas. 
Em três pontos da cidade, foram registrados confrontos entre policiais e manifestantes. A polícia usou bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar o protesto. A corporação informou que usou das medidas para liberar as vias bloqueadas. 
Os manifestantes iniciaram uma marcha no bairro do Campo Grande, que deve terminar no bairro do Rio Vermelho. 
De Brasília, Agência Brasil, com informações das sucursais do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Radioagência Nacional, 28/04/2017,  às 11h54

Opinião - Artigo

Globo, que articulou o golpe, esconde a greve
Laurez Cerqueira
Por Laurez Cerqueira(*)
A mesma rede de comunicação articulada para o golpe de 2016, liderada pela Globo, que botou camisas amarelas da CBF numa multidão e mandou para as ruas, é a mesma que esconde a greve.
É a mesma que vive incensado Temer, mentindo sobre a grave recessão econômica. Martela dia e noite dizendo que as tais reformas são “modernização do mercado de trabalho” e faz campanha para prender Lula porque sabem que em 2018 ele ganha no primeiro turno.
A Globo é a mesma mídia que apoiou o golpe de 1964, em favor da ressubordinação do Brasil às nações centrais, principalmente aos Estados Unidos, com a desculpa da “guerra fria” e depois pediu desculpa ao Brasil, em editorial no Jornal Nacional.
Agora apoia a pauta de reformas imposta por multinacionais, que querem transformar o Brasil numa Singapura, Bangladesh, México, Paraguai e outros países de “maquiladoras “, empresas instaladas nos anos 1990, para exploração de recursos naturais e mão de obra barata, precária, com trabalhadores sem direitos.
O projeto das mega corporações multinacionais é carrear daqui compensações financeiras para as perdas que estão tendo com a crise internacional das “bolhas especulativas financeiras”, nas nações centrais, com a ajuda dos gerentes de interesses externos, daqui.
Gente como Temer, Aécio, José Serra, Alkimin, Fernando Henrique, Rodrigo Maia, Eunicio Oliveira, Henrique Meireles,  Moreira Franco, Padilha, e tantos outros, que transitam entre o mercado e a política, os irmãos Marinho, Saad, Sílvio Santos, Macedo, e não estão nem aí para o povo.
Temer e sua turma formam um governo de negócios. A mídia que os apoia se encarrega de novelizar a narrativa do poder econômico e político. Por isso esconde a greve e noveliza o governo e a pauta de reformas do atraso.
(*) - Laurez Cerqueira é jornalista e escritor, autor de várias obras. Artigo Publicado em Brasil 247, em 28/04/2017

Educação

MEC prorroga até 31 de maio prazo para renovação de contratos do Fies
Estudantes
 (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)
O Ministério da Educação prorrogou até o dia 31 de maio o prazo para renovação dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O prazo original terminaria no próximo domingo (30). Os aditamentos são feitos pela internet, no Sistema Informatizado do Fies (SisFies). A renovação deve ser feita somente para os contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016.
A portaria que determina a prorrogação do prazo está publicada na edição de hoje (28) do Diário Oficial da União. Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre.
A renovação pode ser feita em dois modelos: o simplificado e o não simplificado. No primeiro, não há necessidade de alterar nenhuma informação inicial, bastando apenas a validação no SisFies. Já no modelo não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato firmado, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro para finalizar a renovação.
A portaria também prorroga para 31 de maio o período de transferência integral de curso ou de instituição de ensino e a solicitação de dilatação do prazo de utilização do financiamento.
O Fies oferece financiamento de cursos superiores em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só começa a pagar a dívida após a formatura. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. 

De Brasília, Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil, 28/04/2017 16h17

COMDEMA - Posse

Foram empossados, nesta quinta-feira (27/04), no Centro de Convenções de Sobral, os novos membros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA). A nova presidente, Marília Ferreira Lima, conduziu a reunião que deliberou a criação de uma Câmara Técnica para revisar o atual Regimento do Comdema.

Vamos criar uma Câmara Técnica para reformular o Regimento Interno e a Lei de Criação. Dessa forma, teremos mais autonomia para usar, de forma correta e sustentável, o fundo do Comdema, que será aplicado na flora e na fauna do município”, ressaltou Marília Ferreira Lima.
Da Assessoria de Camunicação da Prefeitura Municipal de Sobral, Manoel Cruz, em 28/04/2017
#OcupaSobral!

Economia

Conta de luz de maio terá bandeira tarifária vermelha

 Conta de luz (Arquivo/Agência Brasil)
Conta de luz com aviso de bandeira vermelha (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)
As contas de luz de maio terão bandeira tarifária vermelha patamar 1, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Este é o segundo mês em que a bandeira vermelha é ativada neste ano.
A bandeira tarifária vermelha é acionada quando é preciso ligar usinas termelétricas mais caras, por causa da falta de chuvas. Como o sinal para o consumo é vermelho, os consumidores devem fazer uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente. As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.
Recentemente, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que as contas de luz deverão continuar com a bandeira vermelha patamar 1 até o fim do período seco, que vai até novembro.
 
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
De Brasília, Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil, 28/04/2017 15h40

Política

Sem voto e rejeitado por 92%, Temer pode ter a maior greve da história
(134) Rodolfo Buhrer / La Imagem
Nenhum país viveu, em sua história, um capítulo tão vergonhoso quanto o Brasil dos dias atuais: um golpe de políticos corruptos, contra uma presidente honesta, que, em seguida, se dedicaram a aprovar uma agenda de reformas rejeitada por 92% da população.
É exatamente este o retrato do Brasil de hoje. O golpe parlamentar de 2016 foi liderado por políticos como Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR), que lideram os pedidos de inquérito na Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, além, é claro, de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já condenado a 15 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O beneficiário desse processo, Michel Temer, é acusado por dois delatores da Odebrecht de ter presidido uma reunião em que se definiu uma propina de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 126 milhões, antes mesmo da posse da presidente Dilma Rousseff em seu primeiro mandato.
Não é de estranho, portanto, que Temer, com 87% de rejeição, seja hoje o político mais reprovado do País. Segundo pesquisa Ipsos, divulgada nesta semana, 92% dos brasileiros avaliam que, com ele, o Brasil segue no rumo errado. Suas reformas, como a trabalhista e a previdenciária, vêm sendo votadas a toque de caixa, sem debate com a sociedade – o que é natural para um governo que não precisou do voto para chegar ao poder.
No entanto, nesta sexta-feira 28, a história pode começar com aquela que promete ser a maior greve geral da história do País. Um movimento que uniu movimentos sociais e teve a adesão de quase 100 bispos da igreja católica, além das igrejas evangélicas. Em um ano de golpe, Temer conseguiu unir o Brasil contra ele.
Abaixo, reportagem da Rede Brasil Atual sobre a greve:

Unidade de movimentos popular e sindical pode levar à maior greve da história, diz CMP

“A novidade é que os movimentos populares estão fortemente engajados na construção dessa greve”, afirma Raimundo Bonfim, da Frente Brasil Popular e da Central de Movimentos Populares

Dirigentes e ativistas da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular acreditam que a greve geral desta sexta-feira (28) será possivelmente a maior greve da história do Brasil. Para Raimundo Bonfim, coordenador da CMP, o que dá uma dimensão inédita a essa greve é a coesão e unidade de amplos setores sociais e populares.
“Além do engajamento do movimento sindical, que tem a tarefa de parar a produção e circulação das riquezas e pessoas, é uma greve que vai ter muitas ações desenvolvidas por movimentos sociais e populares. Existe uma forte unidade dos movimentos popular e sindical, das centrais sindicais, das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Isso nos dá segurança para afirmar que será a maior greve da história do Brasil”, diz.
Bonfim avalia como fato novo da greve deste dia 28 a organização, o apoio e as ações relacionadas ao movimento extrapolarem os sindicatos. “Tem muita gente que acha que a greve é uma tarefa só do movimento sindical, e a novidade dessa greve é que os movimentos populares e sociais estão fortemente engajados na sua construção.”
Ele atribui a perspectiva de greve histórica porque ela é desencadeada por ataques a direitos que envolvem toda a sociedade, resumidos e simbolizados pelas reformas trabalhista, da Previdência e a terceirização. Aliado a isso, há o enorme descontentamento com o governo Michel Temer (que tem menos de 5% de aprovação) e o Congresso Nacional, com sua atuação “antipovo e contra o trabalhador”.
De acordo com o ativista da CMP, vários tipos de ações serão promovidas pelos movimentos em apoio à greve. “Essas ações vão desde acampamentos e ocupações, até travamentos de vias e rodovias, com os manifestantes munidos de cartazes e faixas contra as reformas.” Elas começam à zero hora e vão até o final da manhã de sexta-feira. Serão desencadeadas cerca de 22 ações nos bairros, principalmente na capital, apenas de grupos ligados à central.

Sentimento da população
Raimundo Bonfim diz que a receptividade da população tem sido positiva, depois de uma semana de intensa distribuição de panfletos e material nos bairros e locais estratégicos, como o metrô. “A greve está sendo discutida mesmo pelas pessoas que têm alguma contrariedade. Existe de fato um sentimento da população de que haverá essa greve geral no Brasil.”
Em São Paulo, as manifestações terão oposição considerável dos poderes constituídos. “Aqui na capital você tem três governos aliados comprometidos com as reformas e retirada de direitos dos trabalhadores, que são (o presidente) Michel Temer, (o governador) Geraldo Alckmin e (o prefeito) João Doria. Mas estamos bastante organizados e otimistas e teremos o apoio da população para nossas ações”, avisa. “Vamos manifestar de forma tranquila e pacífica, de acordo com o direito de manifestação garantido pela Constituição.”
Alckmin afirmou que Metrô e CPTM terão funcionários para operar os trens. Além disso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou, liminarmente, multa de R$ 937 mil para cada sindicato do sistema de transporte que participar da greve geral.
“Não é a primeira vez. No dia 15 de março também instituíram multa. Acho que a categoria vai manter a greve e essa multa vai ser derrubada”, diz Raimundo Bonfim. “As pessoas se manifestarem é um direito, assim como o direito de greve.”
Por Eduardo Maretti, da Rede Brasil AtualDe Brasília, Brasil 247, em 28/04/2017, às 07h33

Movimento paredista

E o Brasil amanheceu em greve geral
 
Capitais e principais cidades do país amanheceram paralisadas nesta sexta-feira (28), dia da greve geral convocada pelas frentes populares em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo Temer. Em São Paulo, linhas do metrô, ônibus e trens não circulam – com exceção da Linha 4 do metrô, que funciona normalmente. Estradas que dão acesso à cidade e avenidas foram trancadas.
Na Marginal Tietê, as pistas central e expressa foram bloqueadas na altura da Rodoviária Tietê. As avenidas Francisco Morato, Do Estado e Tiradentes (centro) também estão bloqueadas. O mesmo ocorre nas avenidas Nações Unidas, Francisco Matarazzo, Faria Lima e João Dias.
 9dejulho.jpg
Avenida Nove de Julho, centro de São Paulo (Foto: Divulgação) 
As rodovias Anhanguera (na região de Jundiaí, sentido São Paulo), Dutra (em Guarulhos e São José dos Campos), Régis Bittencourt (em Taboão da Serra e Embú das Artes), Anchieta (sentido litoral), Cônego Domênico Rangoni (no litoral sul), também estão bloqueadas.
No Rio, manifestantes trancaram a ponte Rio-Niterói. Belo Horizonte amanheceu sem metrô.
 ponte rio niteroi.jpg
Ponte Rio-Niterói está bloqueada nos dois sentidos por manifestantes, no vão central 
(Foto: Divulgação/Mídia Ninja) 
Em Porto Alegre, foram realizados bloqueios na avenida Baltazar Oliveira Garcia, na Zona Norte; na Avenida Mauá, no Centro; na Ponte do Guaíba, na BR-290; e na Bento Gonçalves, na Zona Leste. Ônibus e trens não operam.
Em Santa Catarina, Blumenau e Florianópolis amanheceram sem ônibus. Motoristas e cobradores também pararam nas cidades paulistas de São José dos Campos, Jacareí, Bauru, Sorocaba, região do ABCD e Guarulhos. O mesmo ocorre em Salvador Recife, Fortaleza e Curitiba. Em Natal e Campo Grande a paralisação do transporte público é parcial. João Pessoa está sem ônibus e trens e com avenidas fechadas, bloqueando acesso à região metropolitana.
Da Rede Brasil Atual, em 28/04/2017, às 07h47