Queda da
Selic contribuirá para o crescimento da economia, diz Goldfajn
Presidente do Banco Central, Ilan
Goldfajn, disse que a flexibilização da política monetária
contribuirá para a retomada do
crescimento (Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil)
A redução da taxa básica de juros, a Selic,
contribuirá para a retomada do crescimento econômico do Brasil, afirmou hoje
(4) o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em Brasília.
“Do lado do Banco Central, continuaremos a
trabalhar com persistência e serenidade. Estamos certos de que, em
complementação a outros esforços do governo, a flexibilização da política
monetária contribuirá para a retomada do crescimento. Quanto mais perseverarmos
nas reformas e ajustes, mais rápida será a recuperação econômica, com geração
de emprego e renda para os brasileiros”, disse.
Goldfajn afirmou que era importante fazer com que
as projeções para a inflação ficassem na meta para então iniciar o corte dos
juros. “Essa evidência também corrobora a necessidade de a política monetária
primeiro ancorar as expectativas de inflação para depois iniciar o processo de
flexibilização monetária. E não tentar o contrário, com resultados duvidosos”,
destacou.
Meta inflacionária
A meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior
de 3% e superior de 6%. Na audiência, o presidente do Banco Central lembrou que
a expectativa do mercado para a inflação ao final deste ano está em 4,1%. Para
2018, a projeção é de 4,5%.
“Com expectativas ancoradas, o Banco Central
iniciou no final do ano passado um processo de flexibilização monetária
sustentável. E há expectativa, por parte dos analistas de mercado, de
flexibilização adicional no futuro”, acrescentou. Atualmente, a Selic está em
12,25% ao ano.
A Selic é um dos instrumentos usados para
influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic,
a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom
diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
De Brasília, Kelly Oliveira
- Repórter da Agência Brasil, 04/04/2017 11h17
Nenhum comentário:
Postar um comentário