Filho de Teori não se convence de que morte do pai
foi acidente
O
advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal Teori Zavascki, ainda não está convencido de que o acidente aéreo que
matou o seu pai foi uma fatalidade.
Em
entrevista à jornalista Roseann Kennedy, da TV Brasil, Francisco Zavascki
afirma que "ainda está em aberto se foi ou não acidente" e que
"enquanto não se investigar a fundo" a dúvida vai continuar. Para
ele, o grande legado do pai não está escrito em seus livros, nem em seus votos,
mas em sua conduta.
Leia
reportagem da EBC sobre o assunto:
O
advogado Francisco Zavascki é o entrevistado desta segunda-feira, dia 10 de
abril, no programa Conversa com Roseann Kennedy. Filho do ministro do Supremo,
Teori Zavascki, ele é especialista em direito público e tributário. Ele aceitou
dar entrevista às vésperas de completar três meses da morte do pai, em 19 de
janeiro.
Durante
a conversa, Francisco demonstra equilíbrio ao lidar com o luto, e com a espera
do resultado das investigações sobre o acidente de avião que tirou a vida do
pai: “Angustia bastante. Isso é uma coisa que eu sinceramente não gostaria de
receber uma notícia de que não foi acidente”.
Francisco
Zavascki falou pela primeira vez que a preocupação dele não é com o atraso no
julgamento das delações, e sim das outras ações da Lava Jato que Teori já vinha
acompanhando há dois anos. “A verdade é que se foi acidente, uma coincidência
difícil, são muitas coincidências num evento só. Obviamente levanta muitas
suspeitas. Se tinha um momento para acontecer, seria o melhor momento para se
ter algum atraso na Lava Jato”.
Francisco
foi enfático ao falar do legado do pai. “As pessoas vão demorar a se darem
conta do grande legado que o pai deixou, porque o grande legado não está
escrito nos livros dele. Não está escrito nos votos dele. Tá demonstrado pelas
condutas dele. Talvez, vai demorar um tempo para se entender a forma como ele
tratava a magistratura, uma missão mesmo. Ele demonstrava pela conduta de só
falar nos autos, ser ponderado, procurar ter uma vida que se balizasse pelo
trabalho dele. Um juiz de verdade, alguém recluso que cuidava dos processos nos
processos”.
De Porto Alegre, Rio Grande do Sul 247, em 10/04/2017, às 07h55
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