segunda-feira, 22 de maio de 2017

Diretas Já

“Invadir o Congresso, se necessário”: o protesto na Paulista pelas Diretas dá o tom do que vem por aí

Avenida Paulista, ontem, 21 de maio de 2017 (Foto: Mídia Ninja)
No terceiro protesto desde a liberação dos grampos da JBS em 17 de maio incriminando Temer e Aécio, manifestantes da Frente Povo Sem Medo convocaram um protesto na Avenida Paulista neste domingo (21).
A temperatura de 17 graus com chuva fez com que o quórum fosse menor.
A primeira mobilização ocorreu no próprio dia 17, fechando parte da Paulista. No segundo, os manifestantes gritaram palavras de ordem na frente da Secretaria da Presidência da República perto da estação Consolação do metrô.
As manifestações ocorreram tanto em São Paulo quanto no Rio, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Brasília, mobilizando pelo menos 50 mil pessoas, segundo os organizadores.
Neste final de semana, as centrais CTB e CUT trouxeram seus carros de som, além dos estudantes secundaristas se manifestarem com suas baterias.
Partidos como o PT e o PSOL trouxeram seus militantes. A ex-ministra de Políticas para as Mulheres de Dilma, Eleonora Menicucci, esteve presente convocada por movimentos feministas que dividiam espaço com militantes do movimento negro e da periferia.
O líder do MTST, Guilherme Boulos, que foi uma das lideranças mais fortes na Greve Geral de São Paulo deu o tom da manifestação de hoje.
“Se amanhã colocarem o Rodrigo Maia, é Fora Maia. Se colocarem a Cármen Lúcia, é Fora Cármen Lúcia. Não adianta mudar o presidente e manter essa agenda antipopular. Vamos ter que tomar as ruas deste país e gritar Fora Temer e Diretas Já”.
Apesar da Rede Globo estar a favor editorialmente da renúncia do presidente Michel Temer, a emissora foi criticada pelos manifestantes por não apoiar eleições diretas. E o foco do protesto foi muito claro no meio daquela chuva.
A Frente Povo Sem Medo fará em 24 de maio o #OcupaBrasilia. O tom é o mesmo do que Boulos falou na Avenida Paulista no final de março: invadir o Congresso, se necessário, para interromper as reformas que estão dilapidando os direitos dos trabalhadores, dos benefícios sociais até a aposentadoria.
De acordo com os Jornalistas Livres no Facebook, houve atos em Uberlândia (MG), Curitiba (PR), Belém (PA), Nova York (nos EUA), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG) simultaneamente neste domingo.
Brasília promete ferver. Enquanto isso, assistimos o Faustão na Globo defender “protestos pacíficos” contra Temer.
Por, Pedro Zambarda de Araujo, Diário do Centro do Mundo, em 22/05/2017

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