Manifestantes cercam o
Congresso e pedem diretas já
Milhares de manifestantes que participam das
mobilizações convocadas pelas principais centrais
sindicais do país seguem em marcha no início da tarde desta
quarta-feira (24) em direção ao direção ao Congresso Nacional, para pressionar
os parlamentares pela suspensão da tramitação das reformas da Previdência e Trabalhista,
pela saída do presidente Michel Temer (PMDB) e pela realização de eleições
diretas.
Durante a manhã, trabalhadores vindos de todas as
partes do Brasil se concentraram nos arredores do Estádio Mané Garrincha. Eles
saíram em caminhada pelas ruas da capital federal e, neste momento, seguem pelo
Eixo Monumental, em direção ao Congresso. Os organizadores esperam reunir 150
mil pessoas.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MTST), Guilherme Boulos, avalia que esta pode ser a maior
mobilização na capital federal dos últimos anos. “Pelo Fora Temer, por Diretas
Já e para barrar essas reformas. Não basta mudar o presidente por eleição
indireta. É preciso derrotar uma agenda. A única forma de derrotar as reformas
é tirar Temer, que já perdeu a condição de governar, e garantir eleição direta,
para que o povo decida”, declarou, na saída da concentração.
O coordenador da Central dos Movimentos Populares
(CMP) e da Frente Brasil Popular (FBP), Raimundo Bonfim, reafirmou as motivações: “Temos três objetivos
nesta marcha: o fim do governo Temer, a retirada as reformas e a exigência por
eleições Diretas Já”.
Dezenas de parlamentares, entre eles os senadores
Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Gleisi Hoffmann
(PT-PR), e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), saíram do
Congresso para se encontrarem com os manifestantes.
“Esta passeata é fundamental para mostrarmos que
não aceitamos que este Congresso Nacional eleja um novo presidente da
República. Não há legitimidade. É a continuidade do golpe”,
afirmou Lindbergh.
Da Rede Brasil Atual: Postado
n'O Essencial, em 24 de maio de 2017 às 14h38
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