segunda-feira, 22 de maio de 2017

Política II

Homem da mala era assessor especial de operador de Temer antes de ir para a JBS
 
O delator Ricardo Saud era o homem de confiança de Wagner Rossi no Ministério da Agricultura em 2011, antes de exercer função relacionada a pagamento de propina a políticos como Michel Temer e Aécio Neves (PSDB) na JBS. Ele foi diretor do programa de Cooperativismo da pasta.
Envolvido em uma série de suspeitas de corrupção e tráfico de influência, Wagner Rossi era indicado de Michel Temer e foi demitido pela presidente Dilma Rousseff, depois da revelação de que ele e o filho, o deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), usavam o jatinho de uma empresa de agronegócios, a Ouro Fino, para viagens particulares.
Ricardo Saud era sócio da Ethika Suplementos e Bem Estar, uma subsidiária do grupo Ouro Fino, empresa que ampliou o faturamento em 81% depois de entrar no mercado de vacinas contra a febre aftosa. Antes de virar delator da JBS, Saud também teria atuado ainda, quando era secretário de Desenvolvimento Econômico em Uberaba, para a doação de terreno de 226 mil metros quadrados para a Ouro Fino instalar unidade industrial. 
Quando Dilma demitiu Wagner Rossi, Ricardo Saud foi o primeiro assessor a deixar o Ministério da Agricultura, no dia 19 de agosto de 2011. Depois disso, o empresário foi contratado por Joesley Batista e se tornou o homem da mala da JBS. Ele foi filmado entregando malas de dinheiro enviadas por Joesley ao deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR), destacado por Michel Temer para negociar com a JBS temas de interesse do grupo empresarial.
Em vídeo de delação premiada, o empresário Joesley Batista relata, o pedido feito por Michel Temer para que fosse paga uma mesada de R$ 100 mil a Wagner Rossi pela JBS, depois que ele foi demitido por Dilma. O valor teria sido pago pela JBS por um ano.
De Brasília, Brasil 247, em 22/05/2017, às 13h12

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