Homem da mala era assessor
especial de operador de Temer antes de ir para a JBS
O delator Ricardo Saud era o homem de confiança de Wagner Rossi
no Ministério da Agricultura em 2011, antes de exercer função relacionada a
pagamento de propina a políticos como Michel Temer e Aécio Neves (PSDB) na JBS.
Ele foi diretor do programa de Cooperativismo da pasta.
Envolvido
em uma série de suspeitas de corrupção e tráfico de influência, Wagner Rossi
era indicado de Michel Temer e foi demitido pela presidente Dilma Rousseff,
depois da revelação de que ele e o filho, o deputado Baleia Rossi (PMDB-SP),
usavam o jatinho de uma empresa de agronegócios, a Ouro Fino, para viagens
particulares.
Ricardo
Saud era sócio da Ethika Suplementos e Bem Estar, uma subsidiária do
grupo Ouro Fino, empresa que ampliou o faturamento em 81% depois de entrar no
mercado de vacinas contra a febre aftosa. Antes de virar delator da JBS, Saud
também teria atuado ainda, quando era secretário de Desenvolvimento Econômico
em Uberaba, para a doação de terreno de 226 mil metros quadrados para a Ouro
Fino instalar unidade industrial.
Quando
Dilma demitiu Wagner Rossi, Ricardo Saud foi o primeiro assessor a deixar o
Ministério da Agricultura, no dia 19 de agosto de 2011. Depois disso, o empresário
foi contratado por Joesley Batista e se tornou o homem da mala da JBS. Ele foi
filmado entregando malas de dinheiro enviadas por Joesley ao deputado federal
Rocha Loures (PMDB-PR), destacado por Michel Temer para negociar com a JBS
temas de interesse do grupo empresarial.
Em
vídeo de delação premiada, o empresário Joesley Batista relata, o pedido feito
por Michel Temer para que fosse paga uma mesada de R$ 100 mil a Wagner Rossi
pela JBS, depois que ele foi demitido por Dilma. O valor teria sido pago
pela JBS por um ano.
De Brasília, Brasil 247, em 22/05/2017, às 13h12
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