Fachin autoriza e Temer
será interrogado pela PF
O
ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson
Fachin, autorizou nesta terça-feira 30 que Michel Temer seja interrogado pela
Polícia Federal no inquérito em que ele é investigado com base nas delações
premiadas dos donos da empresa JBS.
A defesa de Temer queria adiar o
interrogatório e só falar com a PF após a perícia oficial no áudio gravado pelo
empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu em março, mas Fachin deu
prosseguimento ao caso.
O interrogatório poderá ser feito por
escrito e deverá ser respondido por Temer em um prazo de 24 horas após a
entrega das perguntas pelos investigadores. Temer é investigado por corrupção,
organização criminosa e obstrução da Justiça.
Fachin também decidiu nesta terça dividir a
investigação contra Temer e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)
do inquérito que também investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
Fachin atendeu pedido da defesa de Temer.
Leia mais na Agência Brasil:
Ministro do STF autoriza depoimento de Temer à PF por escrito
André Richter - O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou hoje (30) a Polícia Federal (PF)
a tomar o depoimento do presidente Michel Temer. De acordo com a decisão, Temer
deverá depor por escrito e terá 24 horas para responder aos questionamentos dos
delegados após receber as perguntas sobre as citações nos depoimentos de
delação da JBS.
"A oitiva deve ocorrer, por escrito,
com prazo de 24 (vinte e quatro) horas para as respostas formuladas pela
autoridade policial, a contar da entrega, ante a existência de prisão
preventiva vinculada ao caderno indiciário", decidiu Fachin.
Na semana passada, a defesa de Temer
recorreu Supremo para suspender a tentativa da PF de ouvir o presidente,
investigado na Corte após Temer ter sido citado nos depoimentos de delação
premiada da JBS.
Em petição enviada ao ministro, relator do
inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode
prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo feita
pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS,
gravou uma conversa com o presidente.
"Não obstante, com o devido respeito,
entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente
de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência
extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas – até o
momento – por três perícias divulgadas", disse a defesa.
Na mesma decisão, Fachin concedeu prazo de
dez dias para que a PF finalize a investigação.
De Brasília, Brasil 247,
em 30/05/2017, às 15h55
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