Implosão de Aécio pode explicar caso helicoca
A
delação bomba do empresário Joesley Batista, que atinge diretamente o senador
Aécio Neves (PSDB-MG), pode explicar um caso antigo envolvendo o tucano,
envolto em mistério: o do helicóptero encontrado com 455 kg de cocaína no
Espírito Santo em 2013, apelidado de "helicoca".
Os
R$ 2 milhões em propina que Joesley disse ter gravado Aécio lhe pedindo foram
rastreados pela Polícia Federal. Os agentes descobriram um depósito a uma
empresa que pertence a Gustavo Perrella, dono do helicoca. Ele é filho do
senador Zezé Perrella (PSDB-MG), aliado de Aécio, e secretário de Futebol no
Ministério do Esporte do governo Temer. Gustavo foi inocentado no caso do
helicoca.
A
gravação do empresário entregue ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, revela Aécio pedindo o montante para pagar, segundo ele, os honorários
do advogado criminalista Alberto Zacharias Toron, que atua no caso de
Aécio no âmbito da Lava Jato.
O
repasse foi feito, no entanto, para a empresa Tapera Participações
Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo, por meio de um assessor de Perrella.
Segundo
reportagem do Estado de S.Paulo, o advogado disse que foi 'surpreendido com o
noticiário' e que 'efetivamente não recebeu dinheiro algum'. "Fui
surpreendido pelo noticiário da imprensa. Efetivamente não recebi dinheiro
algum. Vou consultar meu cliente (Aécio) sobre o que aconteceu", afirmou
em nota.
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