Economia derrete com
insistência de Temer em permanecer no planalto
Michel
Temer decidiu ficar no cargo e a economia brasileira já sofre as consequências:
a bolsa despencou, e o dólar teve a maior alta em mais de 18 anos.
A
moeda norte-americana subiu 8,15%, e ficou a R$ 3,389 na venda.
No
primeiro pregão após as denúncias, o cenário foi de pânico; a Bolsa perdeu R$
219 bilhões em apenas um dia. O anúncio de Temer na tarde desta quinta-feira,
18, de que não renunciaria agravou o cenário de turbulência. O Índice Bovespa
fechou em queda de 8,80%, aos 61.597,05 pontos – o maior recuo desde 22 de
outubro de 2008.
O
Ibovespa chegou a cair mais de 10% e o circuit breaker foi acionado. Esse
mecanismo trava as negociações diante de fortes oscilações no mercado e não era
utilizado também desde 2008, durante a crise financeira dos EUA.
As informações são de reportagem do Estado de S.Paulo.
“'O
nervosismo de hoje foi só o começo. Enquanto não se perceber uma saída para a
crise política, o mercado ficará ao sabor das notícias de boatos. Nesse contexto,
o investidor não toma decisões, assume postura defensiva e o Brasil vai parar',
analisa Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências
Consultoria. “Quanto mais tempo o governo prolongar essa fase agônica, pior. O
mínimo que se espera é uma solução constitucional, para que o País caminhe até
2018.”
Fechado
a R$ 3,389, com alta do 8,15%, o dólar teve o maior valor de fechamento desde
dezembro de 2016, quando, no dia 16, o dólar terminou o dia vendido a R$
3,3906. Segundo a agência Reuters, a alta desta quinta foi a maior desde o
início de 1999, quando houve a maxidesvalorização do câmbio.
De Brasília, Brasil 247, 19/052017, às 05h07
Nenhum comentário:
Postar um comentário