Temer desafia o Brasil
e diz: se quiserem, me derrubem
Gravado
por Joesley Batista avalizando o pagamento pelo silêncio de Eduardo Cunha,
Michel Temer nega o óbvio: que a crise se instalou em seu governo.
Em entrevista a Fabio Zanini, Daniela Lima
e Marina Dias na Folha de S.Paulo, o peemedebista, rejeitado por 92%
dos brasileiros, desafia a população e diz que não sai do cargo.
"Agora,
mantenho a serenidade, especialmente na medida em que eu disse: eu não vou
renunciar. Se quiserem, me derrubem, porque, se eu renuncio, é uma declaração
de culpa."
Apesar
do extenso noticiário sobre as operações Carne Fraca e Cui Bono, em que Joesley
Batista é citado, Temer disse que desconhecia que o empresário estivesse sendo
investigado.
Apesar
das várias décadas de articulação política, ele diz que agiu com ingenuidade ao
receber Joesley na residência oficial, tarde da noite, e sem registro público
da agenda, como manda a lei.
"Ingenuidade.
Fui ingênuo ao receber uma pessoa naquele momento."
Temer
demonstrou ainda que tem o PSDB como refém. Questionado sobre até quando dura o
apoio dos tucanos, ele não titubeou: "Até 31/12 de 2018."
Temer
disse ainda que Rodrigo Rocha Loures, flagrado recebendo uma mala de R$ 500 mil
em nome dele, é de "boa índole".
Sobre Rodrigo
Rocha Loures, flagrado recebendo uma mala de R$ 500 mil em nome dele, Temer
avaliou que ele é de "boa índole"
"Ele
é um homem, coitado, ele é de boa índole, de muito boa índole. Eu o conheci
como deputado, depois foi para o meu gabinete na Vice-Presidência, depois me
acompanhou na Presidência, mas um homem de muito boa índole."
De Brasília, Brasil, 247, em 22/05/2017, às 05h20
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