Tasso racha base de Temer
e diz que país pode ficar ingovernável
A articulação do PSDB para lançar a candidatura do senador Tasso
Jereissati (CE) à Presidência da República na hipótese de uma eleição indireta
causou mal-estar com o DEM, irritou o PMDB e já é questionada até por tucanos.
Os aliados avaliam que Tasso, presidente interino da sigla, avançou o
sinal ao promover na terça-feira passada, em São Paulo, uma reunião com o
governador Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria e o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso – todos correligionários – para discutir o assunto.
No dia seguinte ao encontro, que ocorreu no apartamento do ex-presidente
em São Paulo, Alckmin “lançou” Tasso ao dizer publicamente que ele e Fernando
Henrique Cardoso “são os grandes nomes” em uma eleição indireta no caso de
interrupção do mandato de Michel Temer. A iniciativa foi mal recebida no
Congresso.
O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), telefonou nesta
segunda-feira, 29, para Tasso e pediu para que eles fizessem um esforço
conjunto para um entendimento entre os dois partidos. Ouviu como resposta de
Tasso que ele não seria candidato. Ambos reafirmaram que atuarão juntos na
crise e tentarão encontrar um nome de consenso da base aliada para a
eventualidade de queda do presidente, seja por renúncia ou cassação no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Tasso, agora, pede cautela aos aliados nas discussões sobre a
sucessão.
Ele entende que a sucessão precisará ser
consequência de um grande acordo político, que preserve a governabilidade e a
retomada do crescimento econômico. “Se não tivermos cuidado, daqui a pouco o
problema não será quem vai ser o candidato. A situação vai ser tão grave que
ninguém vai querer presidir o País", afirmou.
As informações são de Pedro Venceslau no Estado de S.Paulo e
da Coluna do Estadão. Publica em 247, 30/05/2017, às 05h44
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