Protestos contra reformas e contra o
presidente Temer acontecem em 23 estados e no DF
O balanço do dia de “Greve Geral” no Brasil registra bloqueios de ruas,
paralisação de transportes, de bancos e confrontos em todo o País. O protesto é
contra as reformas trabalhista e da Previdência, e pela cassação do presidente
Michel Temer.
No Acre, o ato aconteceu no Centro da Capital, Rio
Branco pela manhã, com participação de 500 pessoas que caminharam até o
Terminal Urbano da cidade.
Em Alagoas, ruas da capital e rodovias em todo o
Estado foram bloqueadas, caminhada pelas ruas, por cerca de 2 mil pessoas,
segundo a PM da região. A organização e a PM falaram em 2 mil
participantes.
No Amapá, cerca de 1 mil pessoas participaram do
ato. A capital Macapá teve paralisação de ônibus por duas horas. Cruzaram os
braços os bancários, servidores públicos em educação, servidores públicos
federais civis e serventuários da Justiça. No Centro de Manaus (Amazonas)
houve uma passeata pela manhã. Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de
200 pessoas participaram do ato.
Na Bahia. Em Salvador, houve paralisação dos ônibus e fechamento
de vias. Os trens também pararam, mas o sistema de metrôs opera
normalmente. Bancários e comerciários fizeram passeata no Centro. Na região
metropolitana, houve movimento na região de Mataripe, em Madre de Deus, no Polo
de Camaçari e na entrada de Lauro de Freitas, na Estrada do Coco. Três trechos
da BR-101, em Itagimirim, Itabela e Teixeira de Freitas, ficaram bloqueados até
por volta das 10h30.
Em Fortaleza, diversas vias foram fechadas causando
congestionamentos nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do
Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio. Motoristas e trocadores pararam e os
bancários aderiram à paralisação. A concentração dos grevistas aconteceu a
partir das 9h, na Praça da Bandeira. Parte das lojas do Centro foram fechadas
durante o protesto.
No Distrito Federal. Brasília amanheceu com estações do metrô
fechadas. Os ônibus permaneceram nas garagens, não respeitando a determinação da
Justiça para manter 50% do serviço.
Na BR-020, manifestantes colocaram fogo em pneus. Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.
Na BR-020, manifestantes colocaram fogo em pneus. Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.
Em Vitória do Espírito Santo, grupos se reuniram em três locais da
cidade: em frente à Rodoviária de Vitória, em Carapina, na Serra, e na
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Cerca de mil pessoas
participaram de uma passeata. Houve confronto entre manifestantes e a Polícia
em frente da Rodoviária. A manifestação prosseguiu até o Aeroporto
e Assembleia Legislativa. Houve bloqueio da saída de ônibus das garagens
na madrugada e os ônibus só passaram a circular no início da manhã. Uma
passeata reuniu, segundo os organizadores, 3,5 mil pessoas, que foi encerrada
por volta das 12h30.
No Maranhão, manifestantes bloquearam os quatro portões
de acesso ao Porto do Itaqui, em São Luís, não foi divulgado o número de
manifestantes. Categorias como as dos bancários, professores da rede
pública estadual, vigilantes, petroleiros, motoristas e cobradores de ônibus,
metalúrgicos paralisaram suas atividades.
Em Mato Grosso, o Movimento Sem-Terra (MST) fez bloqueios
em dois trechos da BR-364, nas cidades de Jaciara e Jangada. Os atos começaram
por volta das 07 horas e terminaram às 10 horas. Foram fechadas vias em Tangará da
Serra e Barra do Garças, que também registrou uma passeata com 800
participantes. Servidores estaduais e federais aderiram à paralisação.
Em Campo Grande (MS) a organização fala em 5 mil pessoas
participantes dos protestos, já a Polícia Militar diz que foram 2 mil. Foram
fechados trechos na BR-262 e BR-158. Professores aderiram à paralisação em
Campo Grande, Corumbá, Ladário e Dourados.
Na Grande BH. O metrô foi paralisado na Grande Belo
Horizonte nesta sexta-feira, vias foram bloqueadas. Os ônibus estão
funcionando normalmente. Houve ainda passeatas no Centro. Em Contagem, na,
houve também protestos e bloqueios de vias. Manifestações aconteceram em outras
regiões do Estado.
No Pará. Os ônibus foram paralisados na região metropolitana de Belém. Cerca de 1
milhão de passageiros foram prejudicados. Uma passeata de cerca de 10 mil
participantes foi realizada no Centro. Houve bloqueios de ruas e
avenidas. Houve um ato em Marabá, no interior do estado.
Na Paraíba, atos contra o governo Michel Temer
fecharam ruas, rodovias e o Terminal de Integração na manhã desta sexta-feira
em João Pessoa. Após liberar o terminal de ônibus do Varadouro, os
manifestantes ocuparam o entorno do Parque da Lagoa, no Centro, e interditaram
o trânsito no local. Segundo organização do protesto, cerca de 300 pessoas
participam da manifestação. Em Campina Grande, manifestantes interromperam a
saída dos ônibus da garagem da maior empresa de transporte coletivo da cidade.
Em Curitiba, sindicalistas e trabalhadores fizeram
protestos. O mesmo ocorreu em algumas cidades do interior do Paraná. Um trecho
da BR-476 foi totalmente interditado, nos dois sentidos. Na capital, os ônibus
do transporte coletivo funcionam normalmente desde o início da manhã. Em Ponta
Grossa os ônibus só passaram a rodar às 07 horas e em Londrina, os acessos
ao Terminal Central foram bloqueados por volta das 06 horas, e os ônibus foram
liberados aos poucos.
Em Pernambuco rodovias federais foram bloqueadas pela
manhã. Na região metropolitana do Recife, foram afetadas as BRs 101 Norte e
Sul, a BR-232, em Bonança, a BR-428, em Paudalho, e a BR-428, em Petrolina. No
Centro da capital, avenidas e ruas foram bloqueadas.
O Metrô fica parado entre as 09 horas e as 16 horas. O serviço do BRT também foi
paralisado para evitar que os passageiros ficassem presos nas estações pelos
protestos. Em Teresina, motoristas e cobradores paralisaram
atividades e bloquearam as principais vias no Centro da cidade.
No Rio de Janeiro, protestos dificultaram a circulação de
importantes vias da cidade, que ficou em estágio de atenção. A Linha Vermelha,
a própria Avenida Brasil e o acesso ao aeroporto do Galeão foram fechados.
Houve uma manifestação no saguão do aeroporto Santos Dumont.
A associação de Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Uerj) realizou um ato na sede do governo estadual. Metrô, trem, VLT, BRT
e ônibus funcionavam normalmente pela manhã.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, amanheceu sem
ônibus nesta sexta. Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho do RN ter
determinado que pelo menos 70% da frota fossem colocados em circulação, os
veículos não deixaram as garagens. Foram registrados bloqueios em cinco municípios:
Natal, Ceará-Mirim, Mamanguape, João Câmara e Mossoró.
No Rio Grande do Sul, houve protestos que bloquearam garagens de
ônibus e rodovias. Por volta das 06h45, a saída das garagens de todas as linhas
de Porto Alegre foram liberadas, conforme a Empresa Pública de Transporte e
Circulação (EPTC). Sete ônibus foram apedrejados pela manhã. Houve interrupção
no trânsito de ruas e avenidas de Porto Alegre.
Mais de 30 categorias paralisaram as atividades em Rondônia, segundo os
sindicatos, e fazem atos contra a reforma trabalhista e da previdência. Em
Porto Velho, o movimento se reuniu na Praça das Três Caixas d’Água. Segundo a
organização, cerca de 2 mil pessoas participaram. Escolas e o atendimento bancário
foram paralisados.
Em Boa vista (RR), os manifestantes bloqueiam as avenidas
Brigadeiro Eduardo Gomes e Av. Venezuela, cerca de 50 pessoas participavam do
ato até as 08 horas. Professores da capital, bancários e trabalhadores da saúde
aderiram à paralisação.
Em Santa Catarina, pelo menos três rodovias registram
bloqueios no início da manhã no estado. Na Grande Florianópolis, os ônibus
pararam de circular às 08 horas e só voltaram às 11 horas. À tarde houve outra paralisação
de duas horas.
Em São Paulo, manifestantes interditaram vias e
rodovias desde cedo. Acessos aos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul, e de
Cumbica, em Guarulhos, foram bloqueados, e manifestantes chegaram a entrar no
saguão de Congonhas. No Centro da capital paulista, houve bloqueio na
Avenida São João e a Polícia Militar jogou bombas de gás contra os
manifestantes.
No Interior, sindicalistas e trabalhadores fizeram protestos e
bloquearam vias de Santos e São Vicente. Em Ribeirão Preto, houve atos em
frente à Prefeitura. Na região de Campinas, houve bloqueio de vias e a Rodovia
Santos Dumont (SP-075) foi interditada. Petroleiros da Replan, em Paulínia,
iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta manhã.
Em São Carlos, estudantes e trabalhadores fizeram passeata na principal
avenida da cidade. Em Itapetininga, serviços de transporte urbano,
intermunicipal, rodoviário, de fretamento e de cargas também pararam, afetando
cidades da região. Em Limeira, a paralisação do transporte público afetava
cerca de 50% da frota.
Em Sergipe, os protestos fecharam três trechos da
BR-101, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em Aracaju, ônibus não
circularam. Um falso manifestante foi preso na BR-235, na divisa entre
Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. Ele aproveitou o ato para tentar assaltar
motoristas. Bancários, professores, trabalhadores da saúde e servidores da
Justiça aderiram à paralisação.
No Tocantins. Em Palmas houve passeata na avenida Juscelino Kubitschek. A
organização disse que mais de 1 mil pessoas participam do ato.
Com informações de Agências de Notícias, em 30/06/2017