Juristas criticam encontros
fora da agenda de Gilmar com Temer
O jantar oferecido pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes em sua residência para Michel
Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria-Geral), todos investigados pela Lava Jato, foi criticado por juristas.
O compromisso não constou na agenda oficial das autoridades.
Os juristas viram conflito de interesses nos
encontros, já que Gilmar poderá julgar Temer, denunciado por Rodrigo Janot por
corrupção.
"Existe um conflito de interesses de julgador
e julgado se reunirem na véspera da escolha do acusador. O ministro do Supremo
é o julgador que está para apreciar uma possível denúncia contra Temer. Isso
exige recato. É uma situação desconfortável, porque conspira contra o Supremo,
disse o jurista Miguel Reale Júnior, que criou o Código de Ética da Alta
Administração Federal.
O encontro doi mantido em sigilo e não constava na
agenda oficial de Temer. Oficialmente, Mendes, Temer e os ministros
discutiram pontos da reforma política, mas uma fonte também presente ao jantar
disse ao jornal O Globo que eles chegaram a um consenso sobre a indicação de
Raquel Dodge para substituir Janot à frente da Procuradoria-Geral da
República.
As
informações são de reportagem de Jeferson Ribeiro em O Globo, 30/06/2017, às
06h30
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