FMI aponta
corrupção e evasão fiscal como grandes desafios da economia
Christine
Lagarde condenou a corrupção, evasão fiscal e financiamento do terrorismo
(Foto: Marcello Casal
Jr./Arquivo/Agência Brasil)
A
diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje
(22), em Valência, na Espanha, que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do
terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global.
Em um discurso inaugural diante do
plenário do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro, ela pediu para
"intensificar a luta contra a corrupção e evasão fiscal". Na sua
opinião, o efeito dominó que provoca a falta de pagamento de impostos é um
fator importante para um "descontentamento popular e instabilidade
econômica".
A evasão fiscal, lembrou, faz com que
"aumente a dívida pública e diminua o investimento em educação, saúde e
outros serviços públicos. Significa mais desigualdade, já que os mais
vulneráveis são os mais afetados pela forte queda das despesas sociais".
Christine Lagarde anunciou que o FMI
publicará um relatório sobre o impacto da corrupção no crescimento econômico e
elogiou o trabalho do Grupo de Ação Financeira, presidido pelo espanhol Juan
Manuel Vega-Serrano, a favor da transparência.
Sociedades opacas
Neste sentido, lembrou Lagarde,
revelações como Panama Papers, sobre o complexo sistema de sociedades
opacas para ocultar capitais, demonstram a importância de apoiar este trabalho.
A diretora do FMI também fez apelou
para "afogar os fluxos financeiros" que alimentam o terrorismo no
mundo e pediu um maior trabalho de capacitação e o entendimento de novas
tecnologias financeiras, como as moedas virtuais.
Neste sentido, lembrou que o
chamado fintech (nova tecnologia financeira) é uma "faca de dois
gumes", que pode ser utilizada por redes terroristas, mas também pode
ajudar na linha de defesa contra elas.
Outro ponto destacado por Lagarde foi
a necessidade de evitar a exclusão de pessoas em países em desenvolvimento do
sistema bancário, pedindo melhores estruturas reguladoras.
De Valência, pelo correspondente da
Agência/EFE, em 22/06/2017, às 07h28
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