Defesa de
Temer afirma que o presidente não cometeu crime de corrupção
O advogado do presidente Michel
Temer, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que o presidente Michel Temer não cometeu
crime de corrupção. Ele disse que ainda está lendo a denúncia apresentada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal
Federal (STF), e que ainda não pode se manifestar sobre a peça de forma
detalhada. O advogado adiantou, entretanto, que o presidente é inocente das
acusações de prática de corrupção.
“Comecei a ler a denúncia agora. Mas posso
adiantar que o presidente não cometeu o crime de corrupção que lhe foi
imputado. Sobre os aspectos fáticos da denúncia, eu só poderei me pronunciar
depois”, disse Mariz à reportagem da Agência Brasil.
A denúncia foi entregue ao STF hoje
(26) e acusa Temer de prática de corrupção passiva. A acusação está baseada nas
investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. A
denúncia foi enviada ao gabinete do ministro Edson Fachin, relator da
investigação envolvendo o presidente. O ministro poderá conceder prazo de 15
dias para manifestação da defesa, antes de enviá-la para a Câmara. A
formalidade de envio deverá ser cumprida pela presidente do STF, Cármen Lúcia.
Para o procurador, Temer usou o
ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures para receber vantagens indevidas.
“Entre os meses de março a abril de 2017, com vontade livre e consciente, o
presidente da República, Michel Miguel Temer Lulia, valendo-se de sua condição
de chefe do Poder Executivo e liderança política nacional, recebeu para si, em
unidade de desígnios e por intermédio de Rodrigo Santos da Rocha Loures,
vantagem indevida de R$ 500.000 ofertada por Joesley Batista, presidente da
sociedade empresária J&F Investimentos S.A., cujo pagamento foi realizado
pelo executivo da J&F Ricardo Saud”, diz a denúncia apresentada por Janot.
De Brasília, Marcelo
Brandão/André Richter, repórter da Agência Brasil, 26/06/2017 21h56.
Atualização: 27/06/2017, 09h18
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