Em meio à crise fiscal
e financeira, procuradores aprovam reajuste salarial de 16,7%
Reunião do Conselho da PGR: Rodrigo Janot, Raquel
Dodge e o relator do Conselho
do Ministério Público,José Bonifácio Borges de Andrada
do Ministério Público,José Bonifácio Borges de Andrada
(Foto: Ailton de Freitas/O Globo)
Depois de cinco horas de debate, o Conselho Superior do Ministério Público
Federal (MPF) aprovou a inclusão no orçamento da instituição para 2018 um
reajuste salarial de 16,7% para procuradores da República. O reajuste deverá
ser compensado com um corte de R$ 116 milhões em alguns setor do próprio MPF.
O Conselho também decidiu triplicar a verba para passagens e diárias da
força-tarefa da operação Lava-Jato em Curitiba. Os valores reservados aos
procuradores subiram de uma proposta inicial de R$ 500 mil para R$ 1,6 milhão.
O orçamento só tem validade, no entanto, se for aprovado pelo Congresso
Nacional.
A proposta de criar uma comissão para definir cortes e garantir, dentro
do orçamento, o reajuste de 16,7% partiu de Raquel Dodge, escolhida pelo
presidente Michel Temer para suceder o atual procurador-geral da República,
Rodrigo Janot.
Durante o debate, o subprocurador Carlos Frederico chegou a sugerir a
proibição de cortes nas verbas de manutenção das unidades do Ministério Público
(MP) e na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Raquel se opôs à restrição. O Conselho decidiu, então, aprovar a criação
da comissão e não estabelecer limites sobre setores que podem ou não a ser
atingidos com os cortes.
— Não tenho nenhum estudo que diga que não será necessário mexer na
manutenção das unidades. Essa seria a última decisão a ser tomada — disse
Raquel.
Por Jailton
de Carvalho, O Globo, em 25/07/2017, às 16h31
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