O que explica o
"frio" no Ceará
Fortaleza registrou 21,9°C no começo deste mês (Foto: Fabio Lima)
A massa de ar frio que tem
circulado e influenciado o clima de estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do Brasil não chegará ao Ceará — nem ao Nordeste. De acordo com a
meteorologista e supervisora do Núcleo de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto,
o alcance desta massa não passará do Acre. Mesmo assim, a tendência é de que o
calor característico do litoral cearense continue mais ameno até agosto.
Sobre as baixas temperaturas
nas três regiões do País, Meiry credita ao inverno do hemisfério sul, que
começou oficialmente no dia 21 de junho.
“É o período de temperaturas
mais baixas no Brasil como um todo”, explica.
Sem influência da massa de ar,
Fortaleza e municípios do interior cearense vêm apresentando temperaturas mais
baixas. Segundo a Funceme, na manhã de ontem, a Capital registrou 22,3°C. No
último dia 4, os termômetros marcaram, entre 6 e 7 horas, 21,9°C — a
temperatura mais baixa do ano na Cidade. No Interior, Barbalha registrou
recentemente 19°C e Guaramiranga, 16°C.
Meiry explica que, com a
chegada da noite, se não houver a presença de nuvens no céu, a perda radiativa
é bem maior – as nuvens funcionam como espécie de obstáculo que mantém a
temperatura. Por conta desta perda radiativa, o início do dia, portanto, é o
horário em que a temperatura é mais baixa.
Previsão para o Ceará hoje,
conforme a Funceme, é de nebulosidade variável com chuvas no decorrer do dia. À
tarde e à noite, céu entre parcialmente nublado e claro.
Com informações da FUNCEME, em 22/07/2017
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