quinta-feira, 27 de julho de 2017

Política

Crise na economia afeta negociações de Temer
A menos de uma semana da votação de denúncia na Câmara, as vitórias políticas recentes de Michel Temer (PMDB) encontraram um obstáculo: a deterioração do quadro econômico, com diversos cortes de gastos e aumento de tributo.
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Cenário desfavorável
A melhora na economia, caso não se efetive em curto prazo, pode ameaçar a permanência do presidente, que já enfrenta, na próxima quarta-feira, um teste de fogo na Câmara, com a votação da denúncia de corrupção apresentada por Rodritgo Janot, procurador-geral da República.
(...) o aumento dos impostos da gasolina tem feito o peemedebista perder votos na análise da denúncia.
Outro fator que tem feito parlamentares mudarem posicionamento é a liberação de R$ 13 milhões para o desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro, além da queda do repasse a diversas áreas do governo e da possibilidade de atrasar o reajuste dos servidores.
Nesse cenário, Temer tem assumido pessoalmente as negociações políticas com parlamentares “indecisos”. O presidente tem ligado para os deputados durante o recesso parlamentar para pedir apoio. Em Brasília, interlocutores do peemedebista e líderes da oposição já trabalham nos bastidores para cabalar votos a uma semana da votação.
“Queremos presença grande no dia 2 de agosto para resolver esta questão”, declarou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), ao deixar o gabinete de Temer, onde se reuniu com os deputados que integram a tropa de choque em sua defesa. Mansur informou que o cálculo atual é de 280 votos. Na semana passada, o cálculo era de 300.
Carlos Marun (PMDB-MS) disse que “tem convicção” de que a oposição não chega aos 200 votos. O deputado cearense Aníbal Gomes (PMDB) disse que o presidente tem feito ligações aos indecisos prometendo que o aumento dos impostos “é por pouco tempo”.
Líder da oposição, o deputado José Guimarães (PT) está em Brasília no recesso pedindo votos pela aceitação da denúncia. Para ele, não há interesse da oposição em adiar a votação.
“O governo não tem voto para evitar a abertura da investigação. Estamos trabalhando corpo a corpo. Ninguém mais do que a oposição tem interesse em votar a favor”, disse o petista.
Ele não descartou, no entanto, articulações para evitar quórum. “Vamos analisar isso na hora. Vai depender da estratégia”, prometeu.
Matéria divulgada na manhã de hoje, nas principais Agências de Notícias do País. Em 27/07/2017

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