Ação da polícia paulista contra filho de
Lula foi prática nazista
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deve um pedido
formal de desculpas ao ex-presidente Lula em razão da busca policial realizada
contra Marcos Lula da Silva, que ontem foi vítima de busca e apreensão em razão
de uma denúncia anônima – e infundada – sobre tráfico de drogas.
O pedido de busca foi feito por um delegado da Polícia Civil
paulista à Justiça de Paulínia. A autorização veio da juíza Marta Brandão
Pistelli. No mandado, havia apenas o endereço, sem identificação do alvo.
A prática é típica de estados de exceção e indica que qualquer
cidadão poderá ser alvo de uma polícia política, assim como nos tempos do nazismo.
"Não podemos permitir que as instituições públicas sejam usadas de forma
discricionária e para uso político", diz o deputado Alencar Santana, líder
da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Embora não tenham sido encontradas drogas na residência, a polícia
levou computadores, documentos e disquetes do filho de Lula, que deverá ser
ouvido sobre a acusação improcedente nesta quarta-feira.
(Merchandising)
Alckmin tem que explicar
perseguição de sua polícia aos filhos de Lula
A Bancada de deputados e
deputadas estaduais do PT de São Paulo tem alertado a população e a militância
sobre a campanha de ódio - alimentada por veículos de imprensa e grupos políticos
- contra o ex-presidente Lula, assim como contra seus familiares e contra o
Partido dos Trabalhadores.
Nesse contexto, uma operação
infundada, de busca na casa de Marcos Lula da Silva, filho do ex-presidente,
foi realizada pela Polícia Civil, sob a alegação de uma suposta denúncia
anônima envolvendo a presença de drogas e armas na residência. No entanto, nada
foi encontrado e nenhuma transgressão às leis foi constatada.
Os deputados e deputadas
estaduais do do PT exigem esclarecimentos do Governador Geraldo Alckmin e de
seu Secretário de Segurança Pública acerca dos motivos de tal operação, de
claro caráter político.
Assim como exigem a
identificação do autor da falsa denúncia. Não podemos permitir que as
instituições públicas sejam usadas de forma discricionária e para uso político.
Todos perdem com isso, principalmente o Estado Democrático de Direito.
Ao ex-presidente, perseguido de
forma insana por setores aterrorizados com sua capacidade política e de
liderança do povo, liderando todas as pesquisas de intensão de votos para 2018,
prestamos nosso apoio e solidariedade.
Alencar Santana Braga
Deputado
Estadual, Líder
do PT na Alesp
De São Paulo, publicado em Brasil 247, em 11/10/2017
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