Temer assina decreto da intervenção para
tentar reverter impopularidade
Michel Temer assinou nesta
sexta-feira (16), no Palácio do Planalto, o decreto de intervenção federal na
segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. A decisão ainda terá que passar
pelo Congresso Nacional.
Em discurso na solenidade, Temer comparou o crime organizado que atua no
Rio de Janeiro a uma metástase e que, por isso, o governo federal tomou a
decisão de intervir no estado.
"O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É
uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo.
Por isso acabamos de decretar neste momento a intervenção federal da área da
segurança pública do Rio de Janeiro", completou Temer.
Temer afirmou que o momento pedia uma medida "extrema".
"Tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim o exigem. O governo
dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para
enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas", disse.
Desde o início desta manhã, a cúpula do Exército está reunida em Brasília
discutindo detalhes da intervenção. Com a medida, o comando das forças de
segurança pública do Rio de Janeiro ficará a cargo do Exército. Entre os
participantes da reunião está o comandante militar do Leste, general Walter
Souza Braga Netto, convocado às pressas pelo comandante do Exército, general
Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Na noite de ontem (15), Temer recebeu Pezão no Palácio do Jaburu, além de
ministros das áreas de política e de segurança e os presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Na reunião, que durou quase cinco
horas, foi discutida a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro e a
criação do Ministério da Segurança Pública.
De Brasília, Brasil 247, em 16/02/2018
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