segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Segurança - Ceará

Planalto antecipa reforço e agentes começam a atuar hoje no Estado
 Resultado de imagem para Uma imagem sobre reforço da Polícia Federal para o Ceará 
Prevista para chegar ao Estado apenas em março, força-tarefa de 36 agentes da Polícia Federal e da Força Nacional embarcou na noite de ontem para o Ceará. O envio do grupo, que reforça a partir de hoje ações de inteligência no combate ao tráfico de drogas e armas, acabou antecipado após a execução de dois líderes da facção PCC em Aquiraz.
Segundo o Ministério da Justiça, o reforço é composto por 26 agentes da Polícia Federal e 10 da Força Nacional de Segurança, comandados pelo almirante Alexandre Araújo Mota, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública. O aporte era prometido desde 30 de janeiro, três dias após chacina das Cajazeiras deixar 14 mortos na periferia de Fortaleza.
Responsável por articular o envio junto ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), nega que a antecipação do envio tenha relação com a morte dos líderes do PCC.
Segundo ele, o adiantamento do reforço foi decidido em reunião entre ele e o presidente Michel Temer na noite de sábado, horas antes de confirmada a morte dos criminosos.
O senador destaca ainda que reforço é “completamente diferente” do que ocorre no Rio de Janeiro, onde foi decretada intervenção do Exército na área de segurança pública. “Esse reforço daqui é de inteligência preventiva, para estruturar o combate ao crime organizado. Não vai para as ruas, esse trabalho quem vai fazer é a Polícia Militar, a Polícia Civil”, afirma.
Eunício descarta ainda o envio de força semelhante à do Rio ao Ceará. “O Estado não está no nível do Rio de Janeiro, nem tem a especificidade das favelas como existe lá. Neste momento não cabe nenhum tipo de intervenção assim aqui”, diz.
Além do reforço ao Ceará, o presidente também agendou para as 10h de hoje uma reunião do Conselho da República. A ideia é apresentar o decreto de intervenção do Rio de Janeiro ao grupo, criado em 1990 para deliberar sobre questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
O conselho é composto pelos presidentes da Câmara e do Senado, líderes da maioria e da minoria no Congresso, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros escolhidos pela Câmara, Senado e presidente.
Líder da minoria na Câmara, o deputado José Guimarães (PT) diz que irá questionar a intervenção “unilateral” planejada no Rio.
“Queremos questionar as razões e as justificativas dessa intervenção, não podemos permitir que seja uma peça de marketing político”, diz o petista.
“Se o governo quer enfrentar a crise de segurança, deveria no mínimo chamar todos os governadores e sugerir um pacto nacional contra a violência”, afirma. Apesar de não precisar de aprovação do conselho, a decretação de ações como a intervenção no Rio depende de conhecimento prévio do grupo.
De O Povo, edição impressa, Carlos Mazza, 19/02/2018
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