Dez sedes
municipais do Ceará estão em estado crítico de abastecimento
Mombaça já entrou em colapso, devido à falta d'água no
principal manancial da cidade
(Foto: Júlio Caesar/ O POVO)
Mesmo a quantidade de chuvas deste ano ficando em torno da expectativa,
cerca de dez sedes municipais ainda sofrem com o abastecimento. Seis delas têm
seu manancial principal em estado de colapso ou entrarão nessa categoria até o
dia 31 de julho. Outras quatro cidades podem entrar em situação crítica de alto
nível até os meses de agosto e setembro deste ano.
Os dados foram apresentados pela Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) nesta segunda-feira, 4. Eles mostram a análise
sobre a quadra chuvosa, período de fevereiro a maio.
As cidades que estão com situação mais grave são Boa Viagem, Deputado
Irapuan Pinheiro, Monsenhor Tabosa, Piquet Carneiro, Pereiro e Mombaça, sendo
esta a que mais sofre. Mais nove cidades estão em alerta. De acordo com Neuri
Freitas, presidente da Cagece, construções de poços e instalações de adutoras
de montagem rápida serão alternativas para o uso da água dos reservatórios
desses municípios. As atividades planejadas para o segundo semestre deste ano,
segundo ele, já são aplicadas atualmente em algumas cidades operadas pela
companhia.
Dentre as cidades que estão definidas como tendo média criticidade de
abastecimento, destacam-se Cascavel e Beberibe. Como a água dessas regiões pode
acabar ainda em agosto deste ano, o secretário de Recursos Hídricos, Francisco
Teixeira, afirmou que uma adutora será construída para levar abastecimento do
Eixão das Águas para essas cidades. Ele afirma que o abastecimento da região
tem histórico de dificuldades. O orçamento da obra é de R$ 6 milhões e o prazo
para a construção é até a próxima quadra chuvosa, em 2019.
Análise da quadra chuvosa
O prognóstico realizado pelos meteorologistas da Funceme para 2018 foi o
primeiro positivo em seis anos, com expectativa de chuvas acima da média
histórica para o período. Entretanto, as precipitações chegaram apenas em torno
da média, ainda ficando dentro do esperado. Foram 581,4 mm registrados neste
quadrimestre, sendo abril o mês mais chuvoso, com 211,1 mm, seguido de
fevereiro com 187,9 mm. Apesar de ficar somente três pontos abaixo da média, as
precipitações não foram suficientes para sanar o problema de abastecimento de
recursos hídricos no Estado. De acordo com a fundação, somente 40 cidades estão
com a situação hídrica normalizada até o final deste ano.
Com informes
da Funceme/O Povo Online, em 05/06/2018
(Clic na imagem inferior, para ampliá-la)
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