Globo: gaiola dourada para os jornalistas
Os jornalistas do Grupo Globo que trabalham em funções de chefia ou de
algum destaque têm uma remuneração que o mercado reconhece como elevada, em
valores de dezenas e até centenas de milhares de reais. A família Marinho
tornou a empresa uma "gaiola dourada" para aprisionar corações e
mentes de seus trabalhadores e trabalhadoras da informação. Depois de rasgar a
Constituição com o golpe de 2016, os Marinho agora fazem do texto
constitucional letra morta em suas empresas. Qualquer opinião em redes sociais
ou grupos de WhatsApp está proibida.
O AI-5 dos Marinho atende pelo nome de "Lei Chico Pinheiro" e
foi motivado depois que vazaram áudios do jornalista e apresentador do Bom Dia
Brasil, Chico Pinheiro, criticando a prisão do ex-presidente Lula em abril. Os
jornalistas do Grupo Globo estão expressamente proibidos de manifestarem
preferência por clubes de futebol, de curtir posts de candidatos no Facebook e
até de expressarem suas opiniões sobre temas políticos em conversas privadas no
WhatsApp.
Para o apresentador Leonardo Stoppa, do programa Léo ao Quadrado da
TV 247, a "lei da mordaça" da Globo só funciona numa direção:
"Na época do impeachment da presidente Dilma, todos os jornalistas tinham
liberdade para se expressarem politicamente, afinal, a crítica era contra o PT".
Tudo mudou: "Agora que a crítica abate o seu representante no governo, que
é o PSDB, ninguém pode se manifestar mais. A rede Globo gerou o golpe, a crise,
e seus funcionários percebem que foram marionetes do grupo Marinho. Ter um
emprego na Globo é uma gaiola dourada", afirma Stoppa.
De acordo com o jornalista Daniel Castro, do site Notícias da TV,
chefias da área de Jornalismo estão se reunindo com seus subordinados para
informar as novidades. Para repórteres e editores, ficou claro que as
restrições a partir de agora serão totais, que eles não poderão mais opinar nem
para um amigo. "Mesmo quando você escreve reservadamente para alguém, não
deve emitir opinião porque, se isso vazar, vai se encaixar nas normas de
comportamento em redes sociais", disse um chefe de São Paulo.
De Brasília
(DF), Brasil 247, em 12/06/2018, às 10h45
Campanha Educação no
Trânsito do:
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