Discurso
proferido pelo Deputado Mauro Benevides, na Câmara Federal, na sessão de hoje,
24 de junho de 2013
Mobilização popular
Senhor presidente, senhoras e senhores
deputados:
Em discurso
proferido na última quarta-feira, nesta tribuna, reportei-me aos acontecimentos
registrados em numerosas cidades do nosso País, em inusitada mobilização
popular, que chegou a alcançar Cem urbes, em algo que lembrou o movimento das
Diretas Já, quando, somente em São Paulo, foram concentradas cerca de HUM
MILHÃO DE PESSOAS, no Vale do Anhangabaú, com a presença, dentre outros, de
Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Tancredo Neves, José Sarney, Teotônio Vilela
e tantos outros que, naquela época, clamaram pela normalização democrática e a
Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, através da qual se
alcançaria o retorno ao Estado de Direito.
Já agora,
em mais de uma CENTENA DE COMUNAS registrou-se fato assemelhado, numa explosão
de inconformismo pelas iniquidades registradas nos campos econômico-social, a
começar pelo aumento de tarifas nos transportes urbanos, a que se acresceram
outros temas de maior amplitude e significação para o povo brasileiro.
Dentre a
temática presente nas passeatas e cartazes exibidos pelos manifestantes,
figurava a REFORMA POLÍTICA, com alusão ao indesculpável descaso, até agora
verificado, sem definir rumos conclusivos para a decisão aguardada,
ansiosamente, por parte dos segmentos sociais, pressurosos por uma imediata reimplantação,
na atual sistemática eleitoral, de princípios éticos inafastáveis.
Recorde-se
que a Lei da Ficha Limpa eclodiu de arregimentação de grupos sociais, dando
lugar a que o Parlamento, em tempo hábil, implantadas aquela salutar diretriz,
aplicada corretamente pela Justiça Especializada, numa construção ao
aprimoramento das instituições partidárias.
Talvez
possa ser entendida como imodesta a minha revelação, mas acredito que haja sido
este parlamentar – de tantos mandatos nas duas Casas – aquele que mais
persistentemente haja frequentado esta tribuna e na Comissão Especial, para
clamar por alterações, fundamentalmente o FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA,
como forma de evitar a influência do poder econômico, descaracterizador da
legitimidade da outorga de que somos mandatários.
A hora não
admite mais delongas, Ouçamos a voz das ruas para esse e outros assuntos de maior
importância, como a chamada PEC 37, inadmitida, consensualmente, em ostensivas
mensagens de uma massa consciente de nossas indelegáveis responsabilidades.
MAURO BENEVIDES
Deputado Federal
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