Cardozo diz
que processará pessoas que o ofenderam no caso do Metrô de São Paulo
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (28) que processará
criminalmente e por danos morais as pessoas que o ofenderam no caso de
investigação do Metrô de São Paulo. No entanto, o ministro não especificou os
nomes de quem pretende acionar judicialmente. “Todos, sem exceção, os que me
chamaram de vigarista, de membro de quadrilha, de sonso, e outras adjetivações
'tão elegantes', serão processados criminalmente”.
“O
ministro de Estado da Justiça não pode aceitar ser chamado de 'vigarista' e
'sonso', no sentido de dissimulado. [Não pode] aceitar ser chamado de membro de
quadrilha e não reagir, ele não defende seu cargo, porque esse é um cargo de
Estado. Acusar um ministro de vigarista é inaceitável e atinge o próprio
cargo”, ressaltou, em entrevista coletiva.
Cardozo
disse que irá na próxima terça-feira (3) ao Senado Federal e na quarta-feira
(4) na Câmara para falar sobre as denúncias de irregularidades em licitações
para obras do metrô de São Paulo envolvendo políticos do PSDB.
Ontem
(27), o PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética
Pública. O partido acusa Cardozo de ter usado informações falsas para
incriminar adversários do governo e do PT. Durante a entrevista coletiva, o
ministro subiu o tom ao reiterar que a polêmica desvia o foco do assunto
principal.
“Querem
uma cortina de fumaça em relação aos fatos. Parece que se tem perdido um pouco
a dimensão de que essa investigação que ocorre relativo às obras do metro não é
apenas brasileira, é mundial e está diretamente relacionada ao que ocorre em
vários países do mundo. Temos vários países que já investigaram e já puniram o
cartel”, disse. “Acho inaceitável, seja que pretexto for, seja para tentar
desviar a atenção de uma investigação séria, seja para intimidar, que pessoas
atinjam a honra com tão baixo nível”.
Cardozo informou que
mais de 30 terabites de informações já foram encaminhados pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao Ministério Público Federal. O
documento contém informações detalhadas sobre as investigações com fotografias,
contrato, planilha, tabelas, matérias de jornais que falam de outras operações
feitas pela Polícia Federal. “Há muitos fatos narrados, se são procedentes ou
não, é isso que vamos investigar”, disse o ministro.
De Brasília - Heloisa Cristaldo, da Agência Brasil, 28/11/13, às 17h52
Nenhum comentário:
Postar um comentário