Governador Cid Gomes se
reúne com representantes dos BRICS
O Centro de Eventos do Ceará (CEC) vai sediar, no próximo mês de julho,
a VI Conferência de Cúpula do BRICS. Nesta terça-feira (29), o governador Cid
Gomes recebeu no Palácio da Abolição, os representantes de cada um dos países
do Bloco: embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima (Brasil); embaixador Sergey
Akopov (Rússia); embaixador Ashok Tomar (Índia); embaixador Li Jinzhang (China)
e embaixador Mphakama Nyangweni Mbete (África do Sul). Eles vieram ao Ceará
para acompanhar os preparativos da reunião e participar do seminário
preparatório do evento, que aconteceu nesta terça-feira (29), na Universidade
de Fortaleza (Unifor).
Os cinco países que integram o BRICS consolidam-se como atores
internacionais de crescente relevo, tanto no plano político como na área
econômico-financeira. Além de definirem mais de 30 áreas de cooperação entre
si, os BRICS coordenam atualmente suas posições nas Nações Unidas, no G-20, no Banco
Mundial e no FMI, aumentando, em função disso, a sua importância nesses foros.
Todos os países do BRICS sediaram pelo menos uma Cúpula. Os encontros
precedentes foram realizados em Ecaterimburgo, Rússia (2009); Brasília (2010);
Sanya, China (2011); Nova Délhi, Índia (2012) e Durban, África do Sul (2013).
E, em 2014, será em Fortaleza.
BRICS
A ideia do BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs,
Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic
BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros,
empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um
agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil,
Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul
passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007,
o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em
paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da
União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em
2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou
para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul),
totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela
paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou
25%.
Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a
articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que
individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em
conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de
Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das
Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para
que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se
dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que
passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da
África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao
final).
Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento
constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a
financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o
mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um
grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países
intensificam sua interação.
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado - Casa Civil, 29.04.2014, às 20h30, Atualizada em
30.04.2014, às 08h30
Nenhum comentário:
Postar um comentário