Povo Brasileiro 10 x 0
Imprensa de Mercado
Por Davis Sena Filho (*)
Vamos aos fatos: a
imprensa de mercado e por isso meramente mercantil, bem como familiar, realizou
durante anos e principalmente nos meses que antecederam a Copa do Mundo, neste
ano, a campanha mais insidiosa, sórdida, infame e propositalmente mal humorada
que se tem notícia no planeta.
Imprensa
de negócios privados alguma, em qualquer país, mesmo a ter seus interesses
políticos e econômicos, como as tem a daqui, efetivou um processo de baixa
estima tão violento e desrespeitoso a um povo como o fizeram os jornalistas
empregados dos grandes conglomerados privados de comunicação deste País.
As
demonstrações recorrentes de caráter vira-lata dos coxinhas de classe média, da
oposição dos tucanos do PSDB, de setores empresariais muito conservadores e dos
magnatas bilionários donos da imprensa alienígena e corporativa prejudicaram a
economia brasileira, além de manchar a imagem do Brasil no exterior.
E
toda essa insensatez e espírito de porco teve um principal motivo: as eleições
presidenciais de 2014. Por questões políticas, a imprensa-empresa de histórico
golpista e mancomunada com os interesses do grande capital nacional e
internacional realizou uma campanha tão perversa e irresponsável contra a Copa
do Mundo, que passou a não se importar se evento de tal envergadura mundial o
beneficiaria economicamente. Um absurdo.
O
governo do PT responsável por conquistar a Copa e também as Olimpíadas para
serem realizadas no Brasil trabalhou duramente para organizar os jogos.
Investiu e deu todas as condições de logística para que a Copa se transformasse
no que é, ou seja, um retumbante sucesso, que fez a imprensa, que propagou a
baixa estima e o ódio, para que o Brasil fracassasse, reconhecer que errou e,
por sua vez, teve de dobrar os joelhos, no que diz respeito ao sucesso da Copa. (Pra continuar lendo este artigo, clicar em mais informações, abaixo):
Seria
cômico se não fosse trágico, ou melhor, ridículo, ter de ver, ouvir ou ler
inúmeros jornalistas obrigados a reconhecer que erraram. Só que tem um
problema. Essa gente não errou de forma alguma, como um engenheiro, por
exemplo, erra um cálculo matemático. O linchamento da Copa e dos Governos
Trabalhistas de Lula e Dilma foi calculado, estudado e maldosamente repercutido
em todas as mídias pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa.
Quando,
de repente, não mais do que de repente, sentado em uma poltrona e a ver o
"âncora", William Bonner, do Jornal Nacional, da Rede Globo, a
apresentar uma "matéria" panfletária, a afirmar que a imprensa
internacional é a responsável pelo sentimento de ódio, de desprezo e de
rejeição à Copa, quase caí do assento onde me encontrava.
Fiquei
a perguntar até que ponto chegaria a hipocrisia, o cinismo e a ausência de
senso crítico dessa gente, que há séculos prejudica o Brasil e seu povo, sem o
menor constrangimento e vergonha, além de ter enorme dificuldade para
reconhecer seus erros, mesmo se tais erros, não verdade, são propositais e,
evidentemente, "erros" forjados por causa dos interesses políticos e
econômicos da Casa Grande.
Anteriormente
ao "mea culpa" mequetrefe do Jornal Nacional, seus congêneres de
outras emissoras, além de jornais familiares, a exemplo do Estadão, Folha e
Zero Hora, já tinham reconhecido o sucesso retumbante da Copa do Mundo no
Brasil. Porém, fica a pergunta que insiste em não calar: Quem vai pagar pelos
prejuízos causados ao Brasil? Porque não é possível vir a público o senhor
William Bonner, com a maior cara de pau, culpar a imprensa internacional pelo
achincalhe sistemático contra o Brasil e o seu Governo quando até os
recém-nascidos, os que saíram de um coma profundo e os mortos sabem que a
imprensa burguesa e de péssima qualidade editorial é a maior responsável pelo
complexo de vira-lata e pela imagem negativa do Brasil antes da Copa.
Agora,
também, vem um executivo da famiglia Civita, dona da Abril e de um libelo de
extrema direita cujo nome é Veja, conhecida também como a Última Flor do
Fáscio, afirmar, como se fosse um ingênuo ou alienado — coisa que
definitivamente tal ser não o é —, que "É bobagem tentar esconder ou
inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance
nacional pecou de novo, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a
Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites. O Brasil, coitado, iria se
envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do governo.
Deu justamente o contrário".
O
autor dessas palavras conseguiu, enfim, dizer alguma coisa sensata, o que,
definitivamente, não é o forte da Veja e da imprensa porta-voz da Casa Grande
em geral. Este senhor é jornalista, atende pelo nome de José Roberto Guzzo,
ocupa cargo de membro do conselho editorial da Abril e é um dos responsáveis
pela linha editorial da Veja, que, evidentemente, não prima pela verdade, pelo
jornalismo que se submete aos fatos. Compreende a sociedade que tal pasquim se
transformou em um panfleto direitista que refuta a realidade, ou seja, os
acontecimentos como eles o são.
Como
assim, camarada Guzzo? A Última Flor do Fáscio em uma de suas edições de
oposição ao Governo Trabalhista previu estádios prontos em 2038, e você apenas
diz que "a imprensa de alcance nacional pecou de novo?" Nada disso: a
imprensa-empresa é pecadora contumaz. Ela é viciada em pecados e se conduz como
se fosse uma sociopata.
A
verdade é que ela o é, e finge que não sabe disso. Afinal sua vocação
demolidora e que não mede consequências denota uma psicopatia que não condiz
com a racionalidade e o senso crítico. Trata-se de uma imprensa autofágica,
pois a Copa no Brasil só a beneficia, porque o sistema de comunicação privado e
que odeia o Brasil não entrou com um vintém, no que tange aos investimentos em
estádios, mobilidade urbana, aeroportos, transportes e logística turística.
Mesmo assim não parava de dar tiros nos próprios pés.
Por
causa de política, intolerância e preconceitos sociais e ideológicos, a
imprensa burguesa não mediou esforços para boicotar e sabotar a Copa do Brasil
e de seu povo. Ao contrário, virou seus canhões midiáticos contra o Governo
Trabalhista e orquestrou uma das campanhas mais perversas e infames que eu já
vi contra um evento de escala mundial e que, obviamente, vai trazer grandes
benefícios ao Brasil em todos os campos de atividade econômica e política em
âmbito internacional.
O
legado da Copa é muito maior que o estrutural, porque a infraestrutura foi
realizada e o pouco das obras que ainda não foram finalizadas, vão o ser,
evidentemente. Os aeroportos estão ótimos. Eu sei disso, porque os frequento e
vejo o que foi feito, apesar das mentiras da imprensa comercial e privada dona
de um espírito de porco que realmente faz jus ao seu jornalismo de esgoto e
desrespeitoso com a inteligência do povo brasileiro, que rapidamente abraçou a
Copa e deu uma "banana" para a imprensa reacionária divorciada dos
interesses populares.
A
verdade é que tudo funcionou e o mundo se surpreendeu, porque se baseava nas
informações deturpadas da irresponsável imprensa empresarial, que conspira
contra o País, no mínimo, há 130 anos. Logo o Brasil, construtor de estádios
desde a década de 1910 e que construiu o Maracanã, em 1950. O Brasil de
gigantescas hidrelétricas, plataformas marítimas, pontes como a Rio-Niterói e
que tem tudo, senão não realizaria a maior venda de patrimônio público de todos
os tempos, em escala mundial. Ponto!
Obra
vampiresca dos tucanos, que governaram sem projeto de País, pois, colonizados,
subalternos, subservientes e de caráter pusilânime, recusam-se a pensar o
Brasil e por isso tentaram desconstruir o Estado nacional, em prol de uma
privataria para saciar a fome de poder e dinheiro dos países colonialistas e
imperialistas, que elaboram estratégias que beneficiem o establishment, até
porque eles são o próprio.
O
PSDB, o DEM, o PPS e suas lideranças que governaram o Brasil como caixeiros
viajantes e não como homens e mulheres de Estado foram e o são os maiores
traidores da Pátria de nossa história. E estão soltinhos e a serem bajulados
por uma mídia de direita, venal e golpista. A imprensa de negócios privados não
errou. Apenas se deu mal, porque o tiro saiu pela culatra. Agora, vamos ao
placar: Povo Brasileiro 10 X 0 Imprensa de Mercado. A Copa é do povo! É isso
aí.
(*) Davis Sena Filho é cronista,
blogueiro e poeta, em Brasília -Texto Publicado em brasil24/7, em 29.06.2014,
10h44.
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