quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Opinião - Artigo

De como aceitar os desígnios de Deus
Por Herculano Costa (*) 
Deus na sua infinita bondade e incomensurável sabedoria, quando permite que coisas, fatos, acontecimentos de natureza as mais diversas, sobrevenham à humanidade é porque tudo está enquadrado em seus princípios inarredáveis de justiça. Nós é que, na nossa falibilidade, às vezes, entendemos como castigos. Mas se refletirmos bem, poderemos entender que, tudo que a sabedoria divina nos faz ou permite que nos aconteça tem um sentido final benéfico. Assim, Deus pode nos permitir que mergulhemos na mais profunda solidão, para nos ensinar sobre a importância da convivência: com a família, com pessoas amigas e até com pessoas desafetas.
Às vezes, permite-nos os sentimentos como a raiva, o rancor, a discórdia, para que possamos compreender a necessidade da calma, da moderação, da concórdia e o infinito valor da paz.
Outras vezes, Deus usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura  do abandono e da reflexão. Concede que penetremos em profundo silêncio e só nos permite falar quando pudermos ter ciência do que dizemos. Priva-nos de determinados atos, até que possamos ter a consciência e a responsabilidade do que fazemos.
Às vezes, Deus costuma até usar ardentes chamas, para queimar em nós o que precisa ser cortado ao forno da dor. Ora, quando Deus nos impõe fogo às paixões é para nos ensinar a agir com bondade, igualdade e fraternidade com nossos iguais, e, assim, andar sobre águas calmas e tranqüilas na vida.
Às vezes, também, Deus nos mostra o cansaço, nos permite a queda, nos nivela à terra. Mas, logo em seguida, Ele nos leva a encontrar o descanso, nos dá as forças de que precisamos para nos erguer dos tropeços, a coragem necessária de olhar para cima, para o alto, de compreender o valor do ar que respiramos, de atinar para o valor de um novo despertar. Outras vezes, ainda, Deus nos dá a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. A morte, Deus a usa, quando quer mostrar aos que vivem importância do que é viver. Por fim, quando o Criador da vida impõe a morte a quem vive, nos ensina a entender que o final da existência carnal não o fim de tudo. Mas o inicio de uma nova vida. A espiritual, que é plena de sossego e paz.
(*) Herculano Costa é escritor,  jornalista e editor deste Blog

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