segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Editorial

O fantasma da seca
Há 3 anos não há inverno regular no Ceará. Ano passado a quadra que seria o período de chuvas no Estado foi mais seca ainda que nos anos anteriores. Tivemos muitas dificuldades com o abastecimento dágua para a população, especialmente, para os moradores do campo, os mais distantes de alguns reservatórios ainda água. O governo do Estado acudiu a população, mesmo a título precário, com a feitura de caixas dágua, poços profundos e adutoras de encaixe rápido. Mas, o drama da escassez do precioso líquido não foi de todo resolvido. Porque não houve água para armazenar ou distribuir/abastecer ao povo, através da estrutura construída. O Ceará continua com sede dágua e com sede de bom tempo, de chuva, de inverno.
A maior parte do Nordeste viveu, igualmente, em 2014, o terceiro ano da seca. E agora estamos na iminência do quarto estio. O período de estiagem já é considerado a pior dos últimos 60 anos, pelo menos. Em outubro, os reservatórios em quase todos os estados já estavam com seus volumes dágua bastante reduzidos. Outros, com suas reservas totalmente exauridas. Onde ainda há água de superfície para abastecimento esta é imprópria para consumo humano. É grossa, pesada, dura, impura. Nos municípios atendidos por carros-pipa, 49% das amostras analisadas por órgãos especializados estavam contaminadas. Os governos fazem o podem para evitar o colapso no abastecimento.
Agora, no Ceará  já se adentramos num novo período que seria a nossa estação de inverno. A expectativa do cearense, onde a seca sempre castiga com mais crueza é: será que vamos ter inverno? Ou será uma nova seca? As chuvas andaram ensaiando cair, mesmo que esporádicas e em pouca intensidade. O fantasma da seca ronda. Mas ainda é relativamente cedo para perder as esperanças. Melhor rezar e esperar. Ou até cantar: Tomara que chova logo! Tomara meu Deus, tomara..., conforme a canção nordestina.
Por Herculano Costa  

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