Políticos reagem à
ascensão de Kassab e Cid no Planalto
A recriação do PL (Partido
Liberal) está gerando desconforto entre aliados e oposicionistas ao Governo
Federal. O (partido que) mais se ressente de insatisfação é o PMDB. Uma
reportagem do Jornal Folha de São Paulo, edição desta quinta-feira (22/01),
mostra que os peemedebistas estão descontentes com o Palácio do Planalto em
função da missão assumida pelos Ministros Cid Gomes (Educação) e Gilberto
Kassab (Cidades) para fortalecer a base política da presidente Dilma Rousseff.
Kassab e Cid teriam recebido a
missão para recriar o PL, que pode nascer com mais de 60 deputados federais. A
bancada seria formada por parlamentares que teriam no PL mais liberdade e mais
espaços no Governo Federal. Essa, pelo menos, é a promessa dos articuladores da
recriação do PL. Outro fator pesa, porém, com muita intensidade no nível de
insatisfação do PMDB: Cid e Kassab fazem parte da tropa de choque do Palácio do
Planalto para fortalecer a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT) à
Presidência da Câmara Federal na disputa contra o peemedebista Eduardo Cunha.
De acordo com a reportagem da
Folha de São Paulo, ‘’irritada com o tratamento do Planalto ao PMDB, a cúpula
do partido avalia como desastrosa a iniciativa do governo de articular uma base
aliada alternativa no Congresso liderada pelos ministros Gilberto Kassab
(Cidades) e Cid Gomes (Educação), membros do PSD e do Pros, respectivamente’.
O assunto entrou na agenda de uma reunião de peemedebistas, em Brasília, na última segunda (19), na casa de Renan
Calheiros (PMDB-AL). Entre os presentes, o vice-presidente da República, Michel
Temer, os senadores Romero Jucá (RR) e Edson Lobão (MA) e os deputados Henrique
Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ).
Os senadores e líderes
peemedebistas que participaram desse encontram avaliaram que o governo está
desorientado sobre as disputas para os comandos do Senado e da Câmara e
“escanteando” o PMDB e a CNB (Construindo um Novo Brasil), ala majoritária do PT
ligada ao ex-presidente Lula, no Congresso. O objetivo do Planalto ao
incentivar uma base “alternativa” é ficar menos dependente do PMDB no
Congresso.
Segundos eles, a dupla não teria
a veia “profissional” da legenda para operar temas espinhosos no Congresso,
principalmente em ano de crises iminentes, como os desdobramentos da Operação
Lava Jato e reflexos da crise econômica.
Com conteúdo do site Ceará Agora, em 22/01/2015
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