segunda-feira, 30 de março de 2015

Protesto & Vaias

Eduardo Cunha é recebido com vaias e protesto no Rio Grande do Sul

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebido com vaias e beijo gay em um evento para debater a reforma política na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (30/03). O protesto, realizado por representantes do movimento LGBT, foi similar ao organizado na última sexta (27), quando Cunha também foi vaiado na Assembleia de São Paulo.
Um grupo de pelo menos 50 pessoas aguardava Cunha, que foi vaiado ao chegar. Com faixas contra a PEC 352 e cartazes em favor de comunidades LGBT, os manifestantes ligados ao PSOL e ao PSTU ocuparam o plenário e não permitiram a fala do parlamentar.
A segurança foi reforçada e proibiu a entrada de faixas, adesivos e material de propaganda do grupo. Mesmo assim, não barrou o ingresso dos manifestantes. O coordenador da ANE-L (Associação Nacional dos Estudantes-Livre), Matheus Gomes, disse que o Legislativo deveria “se envergonhar” de receber Cunha, “alvo de inúmeras denúncias de corrupção”.
— Cunha deveria ser considerado “persona non grata” pela Assembleia — criticou.
A representante do grupo Juntos, da juventude do PSOL, Marliane Ferreira dos Santos, criticou a reforma política “imposta” pelo PMDB.
— É uma reforma direcionada a prejudicar os pequenos partidos — avaliou.
O presidente da Câmara tem sido alvo de protestos de movimentos ligados à causa LGBT. Ele já manifestou opinião contrária à criminalização da homofobia.
Nesta segunda, antes mesmo de o evento começar, manifestantes já aguardavam na porta do prédio do legislativo gaúcho com faixas e cartazes de protesto. Quando Cunha chegou ao teatro da Assembleia onde haveria o debate, houve vaias e gritos de “fora”.
Diante das manifestações contrárias a Cunha, o presidente da Assembleia do Rio Grande do Sul, deputado estadual Edson Brum (PMDB), suspendeu a sessão.
“Antes de saudar a Mesa Diretora, queria pedir a gentileza a todos, nós estamos em um estado democrático, conquistado por todos, e precisamos oportunizar que todos se manifestem e pediria a gentileza que o fizessem ao seu tempo”, disse o parlamentar gaúcho pouco antes de interromper a sessão.
Cunha ouviu os protestos sentado à Mesa do plenário, junto de autoridades e do vice-presidente da República, Michel Temer.
Cerca de 15 minutos após interromper a sessão, o presidente da Assembleia do Rio Grande do Sul retomou o evento em outro local do prédio, desta vez no plenário, sem a presença dos manifestantes.

Após a retomada do debate, Brum fez uma introdução ao tema da reforma política e passou a palavra a Cunha. No microfone, antes de começar sua fala, Cunha criticou o que chamou de “intolerância”.
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Com informações do G1 Globo Rio, 30.03.2015

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