(Foto: Facebook)
A prefeitura de Curitiba informou
que mais de 100 pessoas foram atendidas na primeira meia hora de confronto
entre professores e policiais militares na capital paranaense na tarde de hoje
(29) e que “muitas vítimas continuam chegando”.
Dentre os feridos, 35 pessoas que
precisavam de atendimento médico foram encaminhadas a hospitais, principalmente
o Hospital Cajuru. Os servidores da prefeitura de Curitiba foram liberados em
razão do tumulto.
O confronto começou por volta das
15h, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, quando os deputados
estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei (PL) que altera a
previdência estadual. A Polícia Militar usou bombas de gás, balas de
borracha e jatos de água para dispersar os manifestantes. Os professores
recuaram, mas os policiais continuaram jogando bombas de efeito moral. Agora o
confronto acabou, mas os professores continuam protestando no Centro Cívico.
Crianças estão sendo retiradas
das escolas da região. “Algumas delas passavam mal em decorrência do gás
lacrimogêneo usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete [que
fica em frente a Assembleia Legislativa do Paraná] para afastar os
manifestantes”, informou em nota.
“No saguão da Prefeitura, onde
dezenas de pessoas entraram para buscar abrigo, o cheiro de vinagre, usado para
amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo, era muito forte”, acrescentou.
Por meio do Facebook, a direção
do Sindicato dos Professores do Paraná disse que os manifestantes estão fora do
perímetro estabelecido pela polícia, em frente ao prédio da prefeitura. O
governo do Paraná ainda não se pronunciou sobre o confronto.
O projeto de lei em votação na
Assembleia Legislativa foi encaminhado pelo Executivo para alterar a
previdência estadual. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com
mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que
está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência do Paraná, pago
pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.
De Brasília, Fábio
Massalli, da Agência Brasil em 29/04/2015, às 17h03
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