Ceará tem maior
crescimento do PIB no Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do
Ceará apresentou avanço de 1,05% no primeiro trimestre de 2015 na comparação
com o mesmo período de 2014. O desempenho do Estado ocorre em um cenário
nacional de retração, no qual a economia do Brasil registrou queda de 1,6%. No
acumulado dos quatro últimos trimestres, o Estado aponta outro número positivo:
3,10% de alta. Para o fechamento de 2015, a previsão é de crescimento de 2% do
PIB.
A tendência de expansão acima da
média nacional está mantida e reforçada na primeira estimativa de PIB do
Governo Camilo Santana. Os números foram divulgados, na manhã desta
quarta-feira (17/6), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do
Estado do Ceará (Ipece). Segundo o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, o
resultado decorre principalmente da expansão das atividades relacionadas ao
setor de turismo e serviços públicos governamentais (3,29%). Setores como
comércio e indústria de transformação tiveram retração.
Maior índice entre estados
Comparando com os estados
brasileiros que realizam o cálculo de sua economia trimestralmente, a economia
cearense obteve melhor índice. Apenas Ceará (1,05%) e Pernambuco (0,6%)
apresentaram crescimento e os demais estados apresentaram índice negativos. “O
Ceará conseguiu segurar a queda da atividade econômica no Estado,,
diferentemente do que aconteceu em outros estados e no país. Isto se deu como
resultado da dinâmica de setores relacionados ao turismo, especialmente
“transporte” (0,93%) e “alimentação e alojamento” (3,03%), além dos serviços da
“administração pública”, reforçou o dirigente.
Flávio Ataliba acrescenta, ainda,
que esse desempenho reforça a vocação e o potencial já consolidado do Ceará na
área do turismo, onde o estado apresenta vantagens comparativas importantes.
“Os esforços do atual governo em fortalecer ainda mais esse segmento, como por
exemplo, a construção do Acquário Ceará, são muito importantes”, destacou o
diretor geral do Ipece, que acrescentou o fator cambial como estimulante para o
turismo doméstico.
Quanto às perspectivas do Estado
para este ano, o coordenador das Contas Regionais do Ipece, economista doutor,
Nicolino Trompieri Neto, acredita que, mesmo num ambiente de incertezas da
economia brasileira, o Ceará deverá ter um saldo em torno de 2%.
Serviços se consolidam
O setor de agropecuária foi o que
apresentou maior crescimento (20,31%), cinco vezes superior ao crescimento
nacional (4%). Em seguida, aparece o setor de serviços com índice de 0,73%. Por
representar a maior fatia da economia cearense, o setor de Serviços se mantém
como principal alavancador do PIB do Estado. Segundo dados do Ipece, o setor
representa 73,8% da economia cearense, seguido de indústria (22,8%) e
agropecuária 3,4%.
“O caminho será pelo lado do
investimento e não, pelo consumo, pois a famílias estão no nível máximo de
endividamento. Se você tem uma política de ajuste fiscal em nível nacional,
isso influencia”, explicou Alexsandre Cavalcante, técnico responsável pelo
setor de serviços do Ipece. Turismo e transporte são os principais responsáveis
pelo índice positivo.
Já o crescimento da agropecuária
foi puxada principalmente por crescimento do setor de bovinos e galináceos,
(cerca de 20%), segundo a responsável pelo setor, Ana Cristina Lima.
Com relação à indústria, que
obteve decréscimo (2,5%), mas ainda se manteve superior à nacional (-3%),
Witalo Paiva, técnico responsável pelo setor no Ipece, aponta como perspectiva
de crescimento a disposição do Governo do Estado em estimular o setor privado a
investir. “Com as possíveis concessões públicas, podemos mudar os rumos para um
ambiente favorável”, avaliou.
Instituto de Pesquisa e Estratégia
Econômica do Ceará (Ipece) -Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do
Ceará Luiz Pedro
Governo do Estado, Giselle Dutra –
Gestora de Célula/Secretarias - Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
- Casa Civil, Ana Cristina Cavalcante (Fotos: Marcos Studart), 17/06/2015
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