HSBC pagará R$ 134
milhões para encerrar investigação na filial suíça
O banco HSBC fechou um acordo com
as autoridades da Suíça e vai pagar 40 milhões de francos suíços – cerca de R$
134 milhões – para encerrar as investigações de lavagem de dinheiro
na filial suíça da instituição. De acordo com o promotor-chefe de Genebra,
Olivier Jornot, o acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da
cidade suíça.
“A soma foi calculada de acordo
com as vantagens injustificáveis que o banco obteve como parte de operações
consideradas litigiosas. Nós não estamos aqui para quebrar um recorde do
Guinness mas, de todo modo, essa é a maior soma já confiscada pela corte de
Genebra na história.”
Em comunicado, o banco declarou
que nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime. O
HSBC pediu desculpas aos clientes e investidores pelas falhas do passado nas
operações suíças e informou que já revisou os seus procedimentos.
O HSBC suíço estava sendo
investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou
documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao
jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional
de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países.
Os jornalistas analisaram cerca
de 60 mil fichas, algumas delas com informações que denunciavam que o banco
tinha conhecimento de práticas ilícitas de clientes.
À época, a filial suíça do banco
britânico HSBC Private Bank assegurou ter sofrido uma “transformação radical”
após “descumprimentos verificados em 2007”, para evitar casos de fraude fiscal
e de lavagem de dinheiro.
“O HSBC [da Suíça] fez uma
transformação radical em 2008 para evitar que os seus serviços sejam utilizados
para fraudar o Fisco ou para a lavagem de dinheiro”, disse o diretor-geral da
filial, Franco Morra, em comunicado enviado à agência de notícias France Press.
De Brasília, Marcelo
Brandão – Repórter da Agência Brasil, 04/06/2015, às 16h49
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