Antes de reunião com
Dilma, governadores vão elaborar pauta conjunta
Antes da reunião com a presidente
Dilma Rousseff programada para a tarde de hoje, quinta-feira, 30, os 27
governadores que vão estar em Brasília promoveram um encontro prévio para
discutir uma pauta comum. Temas como reforma do ICMS, medidas para buscar o
equilíbrio fiscal e a preservação de empregos foram considerados prioritários
por governadores ouvidos pela reportagem.
A meta, com a reunião prévia, é
unificar o discurso para que o encontro com a presidente produza resultados
concretos e não tenha apenas caráter institucional. Imersa em uma crise sem
precedentes, Dilma espera demonstrar força ao reunir os chefes dos Executivos
estaduais, dentro da construção do “pacto pela governabilidade”.
“Queremos tentar unificar uma
pauta, com enfoque na questão econômica, espaço fiscal, negociação da política
de ICMS, operação conjunta na segurança”, disse o governador do Rio, Luiz
Fernando Pezão (PMDB). Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
defendeu que o foco das ações federais seja a manutenção dos postos de trabalho
em todo Brasil. “Nós temos de preservar os empregos neste momento de crise.
Esse vai ser nosso foco”, disse o tucano.
“É preciso discutir o
fortalecimento dos Estados e dos municípios, além da oportunidade de nós termos
operações de crédito que possam garantir os investimentos”, afirmou o
governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
A expectativa do Palácio do
Planalto é que o encontro tenha um caráter de apoio político à presidente, em
contrapartida à crescente pressão pelo impeachment.
O presidente do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), porém, já afirmou que os governadores do partido não cogitam
qualquer aceno nessa direção. Para Pezão, esse também não será o objetivo do
encontro. “A minha solidariedade ela (Dilma) tem total, mas não será esse o
assunto”, disse.
Já Paulo Câmara, cujo partido não
faz mais parte da base aliada do governo, defendeu que vai ser preciso união
para superar a crise. “É importante que a governabilidade seja restabelecida e
que o governo federal dê sinais de que quer superar essa crise com diálogo. O
Brasil, sem uma grande união, vai ter muita dificuldade de superar essa crise”,
afirmou.
Com conteúdo de Agências, 30/07/2015
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