Orçamento pode ser
enviado com previsão de déficit primário, diz Delcídio
Após desistir de criar um tributo
nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o
Executivo pretende compartilhar com o Congresso a responsabilidade sobre as
contas do governo em 2016. Em entrevista à Agência Brasil, o líder do
Governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), informou que o governo deve enviar
o projeto de lei orçamentária do próximo ano com a previsão de déficit primário
explicitada.
O déficit primário é o resultado
negativo nas contas públicas sem considerar o pagamento dos juros da dívida. A
recriação da CPMF teria o objetivo de evitar o rombo. De acordo com Delcídio, o
governo e os parlamentares poderão negociar alternativas para cobrir o déficit
durante a tramitação da proposta orçamentária.
“Com a frustração da CPMF, se não
tiver outra solução, a saída é apresentar o orçamento com o deficit e depois
negociar. Aí, é uma conversa do Congresso com o Executivo”, disse Delcídio.
Até o fechamento dessa
reportagem, às 21h50, o encontro previsto no Palácio do Alvorada entre a
presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Junta Orçamentária para finalizar o
projeto de lei do Orçamento Geral da União para 2016 não havia ocorrido. O
texto do Orçamento, além de prever a arrecadação e os gastos do governo, traz
as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas
no país), a inflação e o salário mínimo para o próximo ano.
De Brasília, Maiana
Diniz – Repórter da Agência Brasil, 30/08/2015, às 22h02
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