Hospital Regional Norte
realiza cirurgias de alta complexidade em recém nascidos
(Foto: Assessoria de Comunicação do HRN)
Aos cinco meses de gestação,
durante um exame de ultrassom, a futura mamãe Fabrina Tavares, moradora de
Itarema (região norte), foi informada, que o segundo filho que ela esperava,
tinha um problema de má formação, conhecido como gastrosquise, que quer dizer
"fissura na barriga”, em grego, normalmente identificada por uma abertura
de 2 a 4 centímetros no abdome, do lado direito do cordão umbilical.
O problema, que chega a causar
morte em 15% dos casos, segundo a literatura médica, se dá comumente na parede
abdominal; e cerca de 40% dos bebês acometidos nascem abaixo do peso ou
prematuramente. Com a exposição dessa parte tão sensível do corpo, existe a
possibilidade de complicações perigosas. Uma delas é a atresia (estreitamento
de um canal), observada entre 10% e 15% dos casos de gastrosquise.
Com todo o cuidado que o caso
exigia, e no momento apropriado, Fabrina deu entrada no Hospital Regional
Norte, por meio do sistema de regulação para aguardar o bebê ganhar peso para a
hora do parto. Cerca de um mês após a internação, no dia 17 de agosto, o parto
foi realizado com sucesso, e o recém-nascido foi imediatamente levado a outra
sala de cirurgia para a correção necessária. “Eu me emociono até hoje, quando
lembro o que eu senti no nascimento do meu filho, e como ele está hoje, se
recuperando. Todos os dias eu faço a ordenha, aqui no banco de leite, esperando
o dia em que ele possa se alimentar. Ele está engordando, já, já, vou poder
levar meu filho para casa”, disse, uma mãe feliz e aliviada, enquanto olhava o
bebê através da incubadora neonatal.
Para Renata Nogueira,
coordenadora substituta da clínica obstétrica, “esse tipo de cirurgia
pediátrica, feita no HRN, mostra o quanto podemos prestar esse atendimento aqui
na região. É uma cirurgia que requer bastante atenção, chegando a cerca de duas
horas. Esse é o segundo caso de cirurgia realizada em bebês, logo após o parto,
este ano”, afirmou.
O outro caso, destacado por Renata
Nogueira, também chamou a atenção da gestante, e da equipe médica,
responsável pela cirurgia bem sucedida. Ao chegar num posto de saúde para
realizar exames de pré-natal, Carina da Silva Nascimento, moradora de Monsenhor
Tabosa, na região do Sertão de Crateús, se surpreendeu quando a enfermeira
citou o preocupante inchaço na barriga de 5 meses, que aparentava 9, de
gestação. O exame mostrou que o bebê tinha teratoma sacrococcígeo, tumor,
geralmente benigno, que surge na região sacral (entre as nádegas) fetal ou na
região do pescoço do feto, que na maioria das vezes é operado após o
nascimento.
Imediatamente, Carina foi
transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Sobral, e depois deu entrada
no Hospital Regional Norte, onde foi feito o parto, no dia 10 de agosto
passado. Só para se ter uma ideia da complexidade da cirurgia, o pequeno Tiago
nasceu com 4 quilos, 3 deles pertenciam ao tumor. “Com 24 horas, após o parto,
foi feita a cirurgia. Num trabalho de acompanhamento cuidadoso da obstetrícia e
neonatologia. Hoje, esse bebê segue ganhando peso e continua num processo de
cicatrização excelente. Logo mais, poderá ir para casa, assim como a outra
criança, que nasceu com gastrosquise, foi operada aqui, e que também tem tido
ótima recuperação”, afirmou o médico responsável pela cirurgia, Plutarco
Parente.
Para Carina, mãe do vitorioso
Tiago, “minha maior felicidade é poder amamentar meu filho, que já ganhou
bastante peso. Quando eu pego ele nos braços, sinto que o pior passou. Agora,
minha vontade, é chegar em casa com meu filho”, disse uma emocionada Carina,
enquanto pegava o filho nos braços.
Assessoria
de Comunicação | Hospital Regional Norte, 29/09/2015
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