quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Política III

Ex-presidente do BNDES nega interferência de Lula em liberações de empréstimo
Demian Fiocca diz que, no  BNDES, condições para concessão  de  crédito  são  as
 mesmas para todo tipo de empresa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Demian Fiocca negou hoje (3) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha interferido na liberação de empréstimos da instituição de 2006 a 2007. Demian Fiocca presidiu o BNDES nesse período.
Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, que apura supostas irregularidades em operações da instituição, Fiocca disse que a política do banco é impessoal e republicana e que as condições para concessão de crédito são as mesmas para todo tipo de empresa.
O relator da CPI, deputado José Rocha (PR-BA), classificou de escalada insustentável o ritmo de empréstimos aprovados na gestão de Fiocca. Segundo Rocha, o BNDES desembolsou R$ 51,3 bilhões em 2006 e R$ 64,9 bilhões em 2007, valores que levaram o Tesouro Nacional a intensificar o aporte de capital no banco.
Demian Fiocca lembrou que, à época, o país enfrentava um cenário de crise econômica internacional e que o BNDES foi usado como instrumento de enfrentamento das dificuldades provenientes do período e destacou que a instituição tem volume de recursos suficientes para atuar sem o Tesouro Nacional.
Durante todo o seu depoimento, Fiocca rebateu comentários feitos pelos parlamentares que ligavam o banco à Ação Penal 470, o processo do mensalão, e às denúncias de corrupção na Petrobras. “Considero absolutamente injusto e equivocado procurar associar corrupção ao BNDES”, disse Fiocca.
De Brasília, Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil, com informes da Agência Câmara em 03/09/2015, às 14h41

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