Ministro do STF manda
abrir inquérito para investigar senador Agripino Maia
O ministro Luís Roberto Barroso,
do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (7) abertura
de inquérito para investigar o senador José
Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, por suposta
prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O pedido de inquérito foi feito pela Procuradoria Geral da República e resulta de investigações da Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos e corrupção na Petrobras.
O pedido de inquérito foi feito pela Procuradoria Geral da República e resulta de investigações da Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos e corrupção na Petrobras.
De acordo com o pedido, as
investigações apontaram que o senador combinou pagamento de propina com
executivos da OAS, uma das empreiteiras alvo da Lava Jato. O dinheiro teria
sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Ao G1, o senador José
Agripino disse na segunda-feira (5) que se colocará à disposição das
autoridades para prestar esclarecimentos. “Apesar de achar essa acusação
absolutamente absurda, descabida e inverídica, eu me colocarei à disposição do
Judiciário para promover os esclarecimentos que forem necessários”, declarou.
Por meio de nota, a assessoria da OAS afirmou que a empreiteira "nega as
alegações".
Outro caso
Em março deste ano, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu crime de corrupção passiva. Na ocasião, o pedido também foi feito pela Procuradoria Geral da República.
Em março deste ano, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu crime de corrupção passiva. Na ocasião, o pedido também foi feito pela Procuradoria Geral da República.
Em acordo de delação premiada, o
empresário George Olímpio afirmou que pagou R$ 1 milhão ao senador para tentar
implantar o sistema de inspeção veicular no estado, governado pelo DEM. As informações foram veiculadas no
Fantástico no fim de fevereiro.
Na época, o senador disse por
meio de nota desconhecer "as razões que estejam ensejando a reabertura
deste assunto".
"Este assunto, tratado em
2012, gerou processo de investigação pela Procuradoria Geral da República que,
em 31 de outubro de 2012, o arquivou pela 'inexistência de indícios, mínimos
que sejam, que confirmem a afirmação de que o Senador José Agripino Maia teria
recebido doação eleitoral ilícita do grupo investigado na operação Sinal
Fechado'", afirmou o senador na nota.
Fonte: G1 Brasília, em
07/10/2015, às 15h46
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