Processo contra Cunha
será instalado hoje, terça-feira (3)
O processo para apurar suposta
quebra de decoro parlamentar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
deve ser instalado pelo Conselho de Ética da Casa nesta terça-feira (3).
O pedido foi feito por
parlamentares do Psol e da Rede, sob alegação de que o deputado mentira, em
depoimento à CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha dinheiro em contas no
exterior.
Meses depois, documentos enviados
pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil mostram a existência de contas de
Cunha naquele país.
Se iniciado o processo nesta
terça, haverá a escolha, por sorteio, de três nomes de
possíveis relatores. A escolha final será do presidente do conselho,
deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).
Deputados que forem do mesmo
partido ou estado de Cunha (PMDB-RJ) e os signatários da representação ficarão
de fora do sorteio.
O processo pode resultar em
censura verbal ou escrita até cassação de mandato.
Ato contra Cunha
Uma manifestação contra o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), foi realizada ontem, segunda-feira (2), em Brasília, em frente à casa do parlamentar. O ato teve a
participação de integrantes do coletivo de juventude do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no DF e do Levante Popular da Juventude.
Segundo os manifestantes, o
protesto teve como objetivo denunciar as ações do presidente da Câmara. Eles
dizem que Cunha é investigado por corrupção, tem colocado em pauta projetos
conservadores e que retiram direitos de minoras e dos trabalhadores, alguns de
autoria do próprio Cunha. Os manifestantes pedem a saída do deputado da
presidência da Casa.
Os participantes calculam que
aproximadamente de 300 pessoas estiveram na manifestação. Já a Polícia Militar
do Distrito Federal estimo que o número de participantes esteve entre 200 e 250
pessoas.
Os manifestantes criticaram
projetos de autoria de Cunha. Entre eles até o Projeto de Lei 5.069/2013, que
tem o deputado como um dos autores, e que foi aprovado no último dia 21 pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que criminaliza o "induzimento,
instigação ou auxílio ao aborto".
Fonte: Brasília 247, 03/11/2015, às 07h16
(Dr. Luís Henrique Correia Lima de Oliveira)
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