Senado começa semana
com pautas trancadas por MPs
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A pauta do Senado começa a
semana trancada por duas medidas provisórias que devem ser votadas hoje,
terça-feira (3). A MP 682 estabelece que a Agência Brasileira Gestora de Fundos
Garantidores e Garantias S.A. ficará encarregada da gestão do Fundo de
Estabilidade do Seguro Rural até a completa liquidação das obrigações deste
Fundo. A MP 687 trata da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria
Cinematográfica Nacional - CONDECINE e da prorrogação da vigência de incentivo
fiscal no âmbito dos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica
Nacional – FUNCINES.
Os senadores devem apreciar as
proposições que estão na ordem do dia na Casa. O primeiro item é o projeto de
lei do senador Roberto Requião que trata do direito de resposta de pessoas que
se sentirem ofendidas por matérias divulgadas na imprensa. O texto, que foi
apreciado na Câmara e o Senado vai analisar as emendas feitas pelos deputados.
Os itens seguintes são polêmicos
e só devem ser colocados em votação se houver acordo entre os líderes partidários.
Trata-se dos projetos de lei do senador José Serra que propõe modificações no
modelo de exploração do Pré-sal. O primeiro modifica a participação mínima
obrigatória da Petrobras nos consórcios para extração do óleo. O segundo
institui percentual mínimo em relação à produção total para o excedente de óleo
destinado à União sob o regime de partilha. Os dois projetos têm oposição de
senadores do PT e da base governista, mas estão em regime de urgência e têm
preferência sobre outras proposições.
A Comissão de Constituição e
Justiça discutirá uma proposta de emenda á Constituição que acaba com o
efeito cascata do aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A
PEC derruba a vinculação automática de salários recebidos pelos ministros de tribunais
superiores e por parlamentares com o teto do funcionalismo público. A CCJ
deverá concluir ainda a votação em turno suplementar do projeto de lei que
estabelece que os acordos de leniência firmados pelo Poder Executivo deverão
ser homologados pelo Ministério Público.
Na terça-feira, a Comissão
Parlamentar de Inquérito do HSBC faz audiência pública com representantes da
Procuradoria-Geral da República, do Ministério da Justiça e do Departamento de
Polícia Federal. Eles querem saber quais procedimentos foram adotados para
conduzir as investigações e qual o prazo previsto para a conclusão dos
trabalhos, entre outras questões relacionadas ao andamento da operação
relacionada ao HSBC Private Bank Genebra.
Também na terça-feira, a Comissão
de Assuntos Econômicos fará audiência pública para discutir o endividamento da
Petrobras. Entre os convidados está o diretor da Área Financeira e de
Relacionamento com Investidores da Petrobras, Ivan de Souza Monteiro.
De Brasília, Mariana Jungmann -
Repórter da Agência Brasil, 03/11/2015 07h37
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