Ex-executivos de
empreiteira fecham delação e devem cumprir prisão domiciliar
Dois ex-executivos da Empreiteira
Andrade Gutierrez, presos na Operação Lava Jato em junho do ano passado, vão
cumprir prisão domiciliar. Conforme acordo de delação premiada assinado com o
Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente da empreiteira, Otávio
Marques de Azevedo, e o ex-diretor Elton Negrão passarão a ser monitorados por
tornozeleira eletrônica.
Na decisão, o juiz federal Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, também suspendeu a ação penal que os
acusados respondem na Lava Jato. No mês passado, nas alegações finais entregues
a Sergio Moro, além de pedir a condenação de 11 réus ligados à empreiteira, o
MPF requereu a devolução de R$ 729 milhões referentes aos valores indevidos
pagos a ex-diretores da Petrobras.
Em novembro ao ano passado, a
empreiteira assinou acordo com a força-tarefa responsável pela Operação Lava
Jato, pelo qual decidiu colaborar com as investigações sobre a existência de um
cartel de licitações na Petrobras e reconhecer a prática de crimes, bem como
pagar multa de cerca de R$ 1 bilhão pelos prejuízos causados com desvios de
dinheiro público nas obras da Usina Nuclear Angra 3 e de estádios da Copa do
Mundo de 2014.
De Brasília, André
Richter - Repórter da Agência Brasil, 05/02/2016, às 21h33, atualizada em
06/02/2016
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